Fim da linha

MP-BA decreta perda de cargo do promotor de Justiça Almiro Sena, acusado de assédio sexual

Em 2021, a 4ª Vara Cível e Comercial de Salvador decretou a perda do cargo do promotor de Justiça, mas a decisão só transitou em julgado no último dia 14 de maio deste ano

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) publicou, nesta sexta-feira (13), o ato em que informa a perda de cargo do promotor de Justiça Almiro de Sena Soares Filho. Ele foi condenado em 2018 pelo crime de assédio sexual contra 16 servidoras da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), pasta que comandou entre 2011 e 2014.

Em 2021, a 4ª Vara Cível e Comercial de Salvador decretou a perda do cargo do promotor de Justiça, mas a decisão só transitou em julgado no último dia 14 de maio deste ano.

Diante do fim do processo judicial, o chefe do MP-BA, o procurador-geral de Justiça Pedro Maia Souza Marques publicou o ato efetivando a perda do cargo por Almiro Sena.

Denúncias

Em entrevista ao programa Fantástico, em 2015, duas vítimas relataram como o então secretário agia.

“A primeira vez que aconteceu foi no gabinete. Ele me obrigou a fazer alguns atos sexuais no gabinete. Ele disse assim: ‘Sexo é sexo, amor é amor’. Dizia que ele amava a mulher, mas que sexo era uma coisa normal”, relatou uma das mulheres, que não quis ser identificada.

Ainda de acordo com as mulheres que denunciaram o abuso, o ex-secretário ameaçava demitir as funcionárias que não atendiam aos pedidos dele.

“Ele me chamou no gabinete dele e me apertou contra o corpo dele. E aí continuou com essa pratica de me abraçar, queria me beijar à força, de botar o órgão genital para fora da calça e se masturbar. Eu falava que não queria, que eu era casada”, contou ela.

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