
O presidente do PT na Bahia, Éden Valadares, disse que a decisão de não concorrer novamente ao cargo tem a ver com o compromisso pela renovação dos quadros dentro do partido. A decisão do mandatário, no entanto, surpreendeu o mundo político, que esperava uma nova recondução do ex-assessor do senador Jaques Wagner (PT-BA).
Em entrevista na quarta-feira (12), o dirigente comentou a importância de dar oportunidade a novos e qualificados quadros que possam “contribuir e enriquecer o debate interno” para o PT se aproximar cada vez mais da nova classe trabalhadora.
Como exemplo dessa renovação, ele citou nomes como Liu, do MST; Ellen Coutinho, membro do Diretório Nacional do PT e diretora da Fundação Perseu Abramo; e Sandro Magalhães, presidente do PT de Serrinha.
“Esperamos fazer um grande PED (Processo de Eleição Direta), um grande processo de mobilização, transparente, limpo, com igualdade de disputa entre as correntes”, disse ele à Baiana FM.
“E que a gente produza sempre a maior unidade possível sempre ter um partido mais junto da classe trabalhadora, mais renovado, mais inovado e cada vez mais na luta. Renovar, inovar, atualizar é preciso sempre”, acrescentou.
Na ocasião, o dirigente petista também citou os avanços promovidos pelo partido na comunicação, interagindo mais com a militância e desenvolvendo uma relação de maior proximidade com a imprensa.
“Tivemos um desafio grande, acho que nisso nós avançamos muito, é atualizar a comunicação do PT. Quando nós chegamos na presidência, a gente vivia muito atrasado, era um partido muito analógico e a gente fez investimento grande de contratação de pessoal, de qualificação da nossa equipe, de participação dos dirigentes nesse processo de comunicação, sobretudo nas mídias digitais, de aproximar o PT da sua militância também em digital”, finalizou Éden.