

Cunha mencionou Maia ao lembrar que ele foi eleito, em julho, para o mandato-tampão da Câmara com o apoio do governo — a Câmara havia ficado sem presidente fixo após a renúncia de Cunha ao cargo.
O deputado cassado nesta noite apoiava o candidato do chamado "centrão" Rogério Rosso (PSD-DF). Cunha disse que a vitória de Maia na eleição para a presidência da Câmara foi decisiva para a sua cassação e que ele foi vítima de uma vingança política. "É o conjunto político do processo de vingança da conjuntura […] quando o governo patrocinou a candidatura do presidente que se elegeu em acordo com o PT, o governo, de uma certa forma, aderiu à agenda de cassação", afirmou o deputado cassado.
O peemedebista não chegou a culpar o presidente Temer diretamente por sua cassação, mas disse que quem de fato "comanda o governo" é o secretário-executivo do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), Moreira Franco, que sogro é de Rodrigo Maia.
"Todo mundo sabe que na verdade, há uma articulação porque no governo hoje tem uma eminência parda. Quem comanda o governo é o Moreira Franco, que é sogro do presidente da Casa. Então o sogro do presidente da Casa fez uma articulação que fez com que fosse feita uma aliança com o PT e, consequentemente, a minha cassação estava na cara", disse Cunha.


