"Fake Monster"

Polícia desarticula plano de ataque a bomba em show da cantora Lady Gaga no Rio

Show de Lady Gaga reuniu mais de 2 milhões de pessoas na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro

Polícia desarticula plano de ataque a bomba em show da cantora Lady Gaga no Rio
Alexandre Loureiro/Riotur

Agentes da Polícia Civil do Rio de Janeiro e do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) identificaram uma ameaça de ataque a bomba no show da cantora Lady Gaga, previsto para acontecer neste sábado (3), no Rio de Janeiro. A operação, batizada de Fake Monster — uma referência ao apelido dos fãs de Lady Gaga, os “little monsters” —, resultou em mandados de busca e apreensão e duas prisões em diferentes estados do país.

Operação Fake Monster

Ao todo, foram nove alvos nos estados do Mato Grosso, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo, incluindo cidades como Campo Novo do Parecis (MT), Rio de Janeiro, Niterói, Duque de Caxias (RJ), São Sebastião do Caí (RS), Cotia, São Vicente e Vargem Grande Paulista (SP). Em todos os locais, as polícias locais apoiaram as diligências, que resultaram na apreensão de dispositivos eletrônicos e outros materiais.

De acordo com as investigações, o grupo investigado disseminava discursos de ódio, com alvo preferencial em crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+. O plano de ataque seria parte de um “desafio de redes sociais”, no qual os integrantes incentivavam ações violentas e atentados, inclusive com o uso de explosivos improvisados, como coquetéis molotov.

A polícia também apontou que os envolvidos promoviam a radicalização de adolescentes, bem como apologia à automutilação, pedofilia e à violência extrema.

Unidades Participantes da Operação

Participaram da operação agentes das seguintes unidades:

  • Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV)
  • Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI)
  • Coordenadoria de Recursos Especiais (Core)
  • 19ª DP (Tijuca)
  • Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) do MJSP

O material apreendido será analisado, e os envolvidos podem responder por organização criminosa, apologia ao crime, posse de material pornográfico infantil e crimes cibernéticos.