Em nova pesquisa, Lula tem avaliação negativa maior que positiva no pior patamar do mandato

Desaprovação é maior no Sudeste e entre evangélicos

Presidente Lula. Foto: Ricardo Stuckert/PR
Presidente Lula. Foto: Ricardo Stuckert/PR

A gestão do presidente Lula (PT) segue enfrentando forte avaliação negativa, segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira (4) pela Genial/Quaest. De acordo com a pesquisa, 43% dos brasileiros consideram o governo ruim ou péssimo — o maior índice desde o início do atual mandato. Outros 26% avaliam como positivo e 28% classificam como regular. Já 3% não souberam ou não responderam.

Os números representam uma oscilação dentro da margem de erro de dois pontos percentuais, na comparação com a pesquisa anterior, feita em março. Naquele levantamento, a avaliação negativa era de 41%, a positiva de 27% e a regular de 29%.

A pesquisa ouviu 2.004 pessoas em 120 municípios, entre os dias 29 de maio e 1º de junho.

É o primeiro levantamento após o escândalo envolvendo o INSS, revelado em abril, que apurou descontos ilegais em aposentadorias. O caso virou munição da oposição e acendeu o alerta no Palácio do Planalto sobre os impactos na imagem do governo.

A queda na popularidade de Lula já vinha sendo observada desde o fim de 2023. Em dezembro, a reprovação estava em 31%. Em janeiro, subiu para 37% e, agora, chega a 43%.

Quando perguntados diretamente se aprovam ou desaprovam o governo, 57% responderam que desaprovam, enquanto 40% disseram aprovar. Em março, eram 56% de desaprovação contra 41% de aprovação.

O índice de rejeição é mais alto no Sudeste (64%) e entre o público evangélico (66%).

Outro dado que chama atenção é a percepção sobre os rumos do país: 61% acreditam que o Brasil está na direção errada, enquanto 32% dizem que segue no caminho certo. No levantamento anterior, esses índices eram de 56% e 36%, respectivamente.

A comparação entre governos também aparece no levantamento: 44% afirmam que o governo Lula é pior do que o de Jair Bolsonaro, enquanto 40% consideram melhor.

Reflexo da crise no INSS

O escândalo do INSS teve grande repercussão. Segundo a pesquisa, 82% dos entrevistados afirmam ter conhecimento do caso, que é alvo de investigação da Polícia Federal.

Ao serem questionados sobre quem consideram responsável, 31% citaram diretamente o governo Lula. Outros 14% apontaram o próprio INSS, 8% responsabilizaram entidades que fraudaram assinaturas e outros 8% culparam o governo anterior, de Jair Bolsonaro.

O levantamento foi encomendado pela Genial Investimentos, plataforma digital de investimentos controlada pelo banco Genial.