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Greve dos professores: Alan Sanches questiona atuação de Hilton Coelho e aponta viés político

Para o deputado, postura do colega revela interesses pessoais

Alan Sanches
Foto: Divulgação/Alba

O deputado estadual Alan Sanches (União Brasil) questionou nesta sexta-feira (6), em entrevista ao PS Notícias, a atuação do colega Hilton Coelho (PSOL) na greve dos professores da rede municipal de Salvador, que já dura mais de 30 dias.

Para o deputado, a postura de Hilton, que participou da invasão ao plenário da Câmara Municipal durante a votação do reajuste dos servidores, revela interesses pessoais na busca por apoio entre os servidores visando a reeleição em 2026.

“É o mesmo grupo político que apoia o governo do estado e, dessa forma, ao invés de procurar ser justo acaba procurando fazer política para angariar algum retorno eleitoral. Isso eu não concordo”, completou. 

Atualmente, Hilton é alvo de um pedido de cassação apresentado por vereadores da base do prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil).

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Continuação da greve

Na entrevista, Sanches também criticou a continuidade da greve, mesmo após a Justiça ter considerado o movimento ilegal. Segundo ele, a Prefeitura de Salvador já cumpre o pagamento do piso salarial e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia (APLB) estaria agindo de forma política ao adotar uma postura mais dura com a gestão municipal do que com o governo estadual.

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“Isso eu não concordo. O governo do estado deu um aumento inferior ao que foi concedido pela Prefeitura de Salvador à categoria e, ao invés de greve, houve agradecimento. Como a prefeitura está em um campo político diferente, tentam, de alguma forma, fazer sangrar a gestão municipal”, afirmou.

A APLB, por sua vez, sustenta que o reajuste concedido aos profissionais da educação pela Prefeitura, que varia entre 6,27% e 9,25%, não atende ao piso salarial nacional, atualmente fixado em R$ 4.867,77.

“Concordo com qualquer tipo de movimento para defender direitos e conquistas, mas a gente precisa ser justo. Já foi pago o piso. Não entendo como podemos continuar nesse movimento, prejudicando milhares de alunos”, concluiu o deputado.

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