Ponte Salvador-Itaparica

Comunidades tradicionais são ouvidas pelo Governo da Bahia sobre ponte Salvador-Itaparica

Já houve um diálogo com pessoas de grupos ciganos e também pesqueiros

Foto: Márcio Lírio
Foto: Márcio Lírio

Comunidades tradicionais de Itaparica e Vera Cruz são ouvidas por representantes do governo do estado sobre a ponte Salvador-Itaparica. A ação começou com representantes da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi).

A escuta tem como objetivo incorporar ao projeto as demandas da população que vive, trabalha ou desenvolve atividades religiosas nos municípios de Itaparica e Vera Cruz. Nas reuniões são abordadas informações sobre o traçado dos sistemas viários, os programas ambientais que serão implementados durante a construção e as ações que objetivam proporcionar desenvolvimento social e econômico à região.

Ouvir as pessoas que fazem parte das comunidades tradicionais durante a criação do projeto de criação da ponte, garante o diálogo constante entre todas as partes envolvidas no processo. A preparação das consultas iniciou-se em abril deste ano, com as visitas técnicas em campo para identificação e diálogo com as lideranças das comunidades locais..

Além da Sepromi, os diálogos são feitos também com a Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). os participantes são convidados a integrar uma oficina colaborativa, divididos em grupos. Juntos, discutem e registram suas expectativas, preocupações e sugestões em relação ao projeto da ponte Salvador Itaparica.

“As consultas têm como objetivo permitir que os povos e comunidades tradicionais decidam livremente sobre seus próprios interesses, com base em seus valores culturais, sociais e ambientais, diante de medidas administrativas ou projetos que possam impactar seus modos de vida. Busca-se, assim, estabelecer um canal respeitoso e intercultural de diálogo entre o Estado e essas comunidades”, destacou Valdicley Vilas Boas, representante da Sepromi.

O primeiro encontro aconteceu no dia 16 de junho, no Fórum de Itaparica, reunindo a comunidade cigana da Praia da Cajá, Rua do Fórum e Vila Cigana. No dia 18 de junho, foi a vez da comunidade pesqueira, com a participação de pescadores e marisqueiras das localidades de Ponta de Areia, Amoreiras, Areial, Manguinhos, São João Manguinhos, Porto dos Santos, Ilha Verde, Urbis e Bom Despacho, em evento realizado na sede da Colônia Z-12.

A agenda de encontros segue nas próximas semanas com outras comunidades de pescadores, marisqueiras e povos de matriz africana. O processo de consulta é uma etapa prevista nas condicionantes do licenciamento ambiental do empreendimento e reforça o compromisso do Governo da Bahia e da Concessionária com o diálogo permanente e o desenvolvimento responsável.

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