Economia

Exportações baianas recuam 1,4% no primeiro semestre

Principais commodities exportados pelo estado puxaram a queda

Exportações
Foto: Jean Vagner/Ascom SEI

As exportações baianas somaram 5,30 bilhões de dólares no primeiro semestre do ano, uma queda de 1,4% em relação ao mesmo período de 2024, segundo levantamento divulgado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).

Esse percentual de redução está relacionado com a retração dos preços das principais commodities exportadas pelo estado (com exceção do café e dos derivados de cacau), já que o volume embarcado cresceu 3,7% no mesmo período, evitando uma contração mais expressiva dos valores.

O superávit comercial da Bahia no primeiro semestre chegou a 770,4 milhões de dólares, contra um déficit de 249,5 milhões de dólares em igual período do ano passado. A corrente de comércio, soma de exportações e importações, alcançou 9, 83 bilhões de dólares, com uma retração de 10,6%.

Oscilação do mercado

Os preços internacionais dos bens mais importantes da pauta estadual tiveram uma queda média de 4,9% no período ante 2024.

Já as importações alcançaram 4,53 bilhões de dólares, também com recuo de 19,4% devido à redução no ritmo da atividade econômica o que resultou numa queda de 24,7% no volume desembarcado, enquanto que os preços subiram em média 7%, todos no comparativo interanual.

Com os resultados mensais oscilando bastante, junho fechou com vendas ao exterior de 800,9 milhões de dólares – queda de 21%. As maiores reduções ocorreram nos segmentos de derivados de petróleo (-89%), químicos (-12,6%) papel e celulose (-11,5%), e derivados de cacau (-25,3%).

A retração das exportações no semestre continua puxada pela indústria  (-11,8%), em todos os seus segmentos, com destaque para as quedas no refino (-24,8%), nos produtos químicos (-26,3%), papel e celulose (-3,4%) e metalurgia (-2,2%), dentre os mais importantes.

Agronegócio baiano

As exportações agropecuárias baianas subiram 10,3% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior. Algodão, café e derivados de cacau puxaram o desempenho positivo. No caso da indústria extrativa, também houve avanço de 7,8%, puxado pela valorização do ouro no mercado internacional.

As exportações baianas para China, principal destino dos produtos baianos com uma participação no semestre de 23,6%, caíram 7,7% no semestre, em relação ao mesmo período do ano anterior, reflexo do enfraquecimento dos preços.

O volume embarcado para o país, por sua vez subiu 4,4%. Na mesma base de comparação, as vendas para os EUA também caíram 1,2%, mantendo o déficit para o estado em 774,5 milhões de dólares no período. A desaceleração de exportação aos EUA pode ser resultado de uma demanda menor ou aumento de preço decorrente da política tarifária.

Para a América do Sul as exportações baianas tiveram alta de 24,7%, com destaque para o aumento das vendas para a Argentina em 20%, motivado pela valorização do cacau, e incremento das vendas de pneumáticos e óleo diesel.

Nas importações, destaque para as compras de bens de capital que saltaram 80,6%, atingindo 415,1 milhões de dólares, resultado dos novos empreendimentos em curso no estado que incluem a instalação de novas unidades produtivas, como o de energias renováveis e a indústria automotiva.


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