'Qualquer posicionamento antecipado pode ser injusto', diz delegado-geral sobre jovens mortos a tiros durante ação em Camaçari

Gilson Jardas de Jesus Santos, de 18 anos, e Luan Henrique, 20, foram mortos na terça-feira (8). Segundo a mãe de Gilson, Maria Silvânia, os amigos de infância estavam na frente da casa dela

Vagner Souza / PS Notícias
Vagner Souza / PS Notícias

O delegado-geral da Polícia Civil da Bahia, André Viana, comentou nesta segunda-feira (14), o caso dos dois jovens mortos durante uma ação policial em Camaçari, cidade na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Durante participação no programa Toda Hora, na rádio Salvador FM, o delegado disse que o caso vem sendo investigado.

“O primeiro sentimento é nos solidarizarmos com as famílias. Eu só posso opinar com um parecer técnico. O departamento de polícia técnica e o departamento de homicídios foram designados. Qualquer posicionamento antecipado pode ser injuto. A Polcia Militar está mais presente na rua, seu efetivo é maior e os confrontos acontem em maior quantidade. Nós não desejamos esses confrontos, mas ao mesmo tempo temos que fazer frente a criminalidade“, disse.

O caso

Gilson Jardas de Jesus Santos, de 18 anos, e Luan Henrique, 20, foram mortos na terça-feira (8). Segundo a mãe de Gilson, Maria Silvânia, os amigos de infância estavam na frente da casa dela, quando os policiais militares passaram na viatura, fizeram o retorno e os abordaram.

Maria Silvânia disse que testemunhas viram o momento em que os policiais mandaram os dois entrarem no imóvel. Em seguida, os vizinhos ouviram dois tiros. Depois, os corpos dos dois jovens foram retirados da casa e colocados no porta-malas. 

A Polícia Militar da Bahia informou que instaurou apuração administrativa, por meio da Corregedoria, para analisar a conduta dos policiais militares envolvidos na ação.