O habeas corpus apresentado pela defesa de Hytalo Santos e de seu marido, Israel Nata Vicente, foi negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) nesta terça-feira (19). Presos preventivamente desde a última sexta-feira (15), o casal responde a investigação por exploração e exposição de menores em conteúdos destinados às redes sociais.
Dessa forma, o ministro do STJ, Rogerio Schietti Cruz, destacou que a Justiça da Paraíba não pode reverter a decisão de prisão. Isso ocorre pois as investigações apontaram a produção e divulgação de material audiovisual sexualizado com adolescentes. Em contrapartida, os advogados alegaram que a prisão deveria ser revogada, pois os depoimentos usados como base não passaram pelo contraditório. Eles também argumentaram que a decisão saiu em tempo recorde e que os acusados não tinham intenção de fugir.
No entanto, o delegado Fernando David, da 3ª Delegacia de Investigações sobre Estelionato e Crimes contra a Fé Pública (DIG), afirmou que o casal planejava sair do país. Fernando afirma ainda que o casal já tinha conhecimento da expedição dos mandados de prisão.
Por fim, ele acrescentou que os dois estavam em São Paulo desde quinta-feira (14), possivelmente usando a cidade como rota de fuga.
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O caso de “adultização”
As investigações conduzidas pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) começaram em 2024 e ganharam força após o youtuber Felca divulgar um vídeo denunciando casos de “adultização” de crianças e adolescentes. A denúncia aponta que Hytalo usava menores em conteúdos com conotação sexual.
Na semana passada, a Justiça determinou medidas contra o influenciador, como o bloqueio das redes sociais, apreensão de celulares e computador, além da proibição de contato com as vítimas.
A defesa de Hytalo Santos negou todas as acusações. Em nota enviada à CNN, o influenciador afirmou manter compromisso com a proteção de crianças e adolescentes. “Repudio categoricamente qualquer acusação de exploração de menores. Minha trajetória pessoal e profissional sempre foi inabalável com a proteção de crianças e adolescentes”, declarou.
