Segurança pública

Deputado critica reestruturação da polícia: "Enxugamento de gelo"

Segundo o parlamentar, a proposta não trata de um ponto crítico que é a defasagem salarial de mais de 50% em mais de 8 anos

Deputado Diego Castro saiu em defesa da polícia baiana. Imagens: Diego Vieira/PS Notícias
Deputado Diego Castro saiu em defesa da polícia baiana. Imagens: Diego Vieira/PS Notícias

Dentre os 14 projetos de lei que a Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) tem na pauta para votação nesta terça-feira (2), um trata da reestruturação organizacional da Polícia Militar (PM-BA). O texto é de autoria do governo estadual.

A proposta foi alvo de críticas do deputado Diego Castro (PL). Segundo o parlamentar, a proposta não trata de um ponto crítico que é a defasagem salarial de mais de 50% em mais de 8 anos.

“A gente está vendo, mais uma vez, um enxugamento de gelo, mais um projeto de reestruturação organizacional da Polícia Militar, como vai passar aqui também da Polícia Civil. E, diante das demandas pontuais da tropa, a gente não está vendo nada de efetivo nesse projeto. A gente não vê um projeto que caminha para repor a defasagem de mais de 50% em mais de oito anos no salário da tropa”, disse

Além disso, o deputado afirmou que a matéria cria um abismo entre as carreiras de oficiais e praças. “A gente quer que os oficiais sejam cada vez mais valorizados e também os praças que estão ali na base, para a gente ter uma tropa unida, para a gente ter uma só tropa no combate à criminalidade, que hoje, infelizmente, tomou conta da Bahia. A Segurança Pública perdeu o controle”, criticou.

Ainda segundo Diego Castro, a proposta de reestruturação da Polícia Militar não fala na questão da saúde mental dos policiais.

“Nós temos o segundo maior número de suicídios de policiais do Brasil. No momento que o Estado deveria vir com a solução para dar confiabilidade à tropa, dar salubridade nas condições de trabalho, ele vem com o quê? Com mais pressão, monitoramento com câmeras da sua atividade. No momento que a polícia precisa de confiança, ele está impondo mais uma pressão. Isso no direito de trabalho chamava assédio”, alfinetou o parlamentar momentos antes da matéria ser apreciada pelos deputados na Alba.