No Supremo Tribunal Federal (STF), avança o julgamento que pode resultar na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete acusados de tentativa de golpe de Estado. Enquanto isso, no Congresso Nacional, avança uma mobilização de parlamentares da direita e centro para aprovar anistia aos eventuais condenados.
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), ex-presidente do Senado Federal, foi às redes sociais criticar o movimento em favor da anistia.
“Anistia virou uma obsessão de uma minoria desesperada. As pesquisas convergem ao mostrar que a sociedade repele a anistia. Ao contrário, ela, a sociedade, exige punições pedagógicas. A anistia também é inconstitucional. Os crimes contra a ordem democrática e o Estado democrático de direito são insuscetíveis de anistia ou indulto”, ressaltou o congressista.
Crimes graves
Renan Calheiros também afirmou que o julgamento em andamento no Supremo Tribunal Federal não é sobre política. “É sobre crimes graves e criminosos que pregaram um golpe de Estado à abolição violenta da democracia”, disse.
Por fim, o senador alagoano relembrou a herança deixada pelo regime militar no Brasil após o golpe de 1964.
“O último golpe de Estado, em 1964, nos legou uma escuridão prolongada, mortes, torturas, exílios e outras atrocidades. O anistiado de ontem é o golpista de hoje. E o anistiado de hoje será o golpista de amanhã. O 8 de janeiro vai acabar e encerrar um ciclo histórico vergonhoso. Mas ele ainda não acabou”, alertou Calheiros.