Dai Cruz, influenciadora e baiana, que morreu em decorrência de complicações da Epidermólise Bolhosa, uma doença genética rara, virou personagem de revista em quadrinhos da Turma da Mônica, do escritor Maurício de Souza.
A participação de Dai Cruz na edição especial da revista surgiu a partir da iniciativa da ONG Jardim das Borboletas, que dá assistência a portadores da doença na Bahia e em todo o país.
A influenciadora baiana morreu em fevereiro do ano passado, aos 31 anos. Moradora de Jequié, no Sudoeste do estado, Dai acumulava milhares de seguidores nas redes sociais, onde compartilhava sua rotina de cuidados com a Epidermólise Bolhosa.
A doença rara é genética e afeta o corpo deixando a pele frágil e suscetível a formação de bolhas e feridas. Não existe cura para a doença e não é infecciosa.
Aline Teixeira, presidente da ONG Jardim das Borboletas, comemorou através das redes sociais a transformação de Dai em personagem da Turma da Mônica. Segundo Teixeira, a revista pode ajudar a desmistificar a doença e também contribui para levar informação para crianças e adultos.
“Temos certeza de que essa revista em quadrinhos vai contribuir para a promoção do respeito, da empatia e do combate ao preconceito, à discriminação e ao bullying com quem tem Epidermólise Bolhosa”, disse Aline em um trecho do post.
O quadrinho
Na edição especial da Turma da Mônica, a personagem Dai é a nova moradora do famoso bairro fictício do Limoeiro e conhece a turminha: Cebolinha, Mônica, Magali e Cascão. Na trama, os personagens veem os curativos da personagem e acabam acreditando que ela estivesse sofrido um acidente.
Após as dúvidas, Dai esclarece para os novos amigos que se trata da doença Epidermólise Bolhosa a qual é diagnosticada. Os pais da garota explicam para a turminha mais detalhes sobre a condição rara.
Além disso, o quadrinho destaca algumas informações adicionais sobre o assunto e algumas dicas de cuidados.
- é preciso ter cuidado ao tocar uma pessoa com a doença, por causa da sensibilidade da pele;
- apertos de mão e abraços apertados não são recomendados, porque podem machucar;
- as pessoas com a EB devem seguir uma alimentação regrada, normalmente elaborada por um nutricionista;
- a doença não é contagiosa, então não há problema em brincar com um colega que tem Epidermólise Bolhosa.
A ONG Jardim das Borboletas
Atuando desde 2017, a ONG Jardim das Borboletas presta cuidados e assistência à pacientes que forma diagnosticadas com Epidermólise Bolhosa (EB) e outras doenças raras. O nome da entidade está associado à fragilidade da pele das pessoas com a doença e a fragilidade das asas das borboletas.
A instituição atua em todo o Brasil e trabalha de modo que essas pessoas consigam ser reinseridas na sociedade e proporcionando uma melhor qualidade de vida.
Hoje, a instituição atende mais de 100 pessoas em todo o Brasil, sendo 26 em Minas Gerais, 27 em São Paulo, 19 no Maranhão e 11 na Bahia. A sede da Jardim das Borboletas fica em Caculé, na Bahia, assim como o administrativo e as assistências social, de enfermagem, de nutrição, psicológica e jurídica.
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