
A ex-influenciadora e estudante de Direito Mariana Ferrer tirou nota 10 após defender seu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) da universidade Mackenzie falando sobre o próprio caso do estupro que ela afirma ter sofrido.
Mariana apresentou o trabalho na última quarta-feira (2) e o intitulou ‘Estupro simbolicamente como crime de guerra à luz do caso Mariana Ferrer‘.
A apresentação ainda contou com a participação de Maria da Penha, ativista que deu nome à lei de combate à violência doméstica no Brasil. “Não desistam. A justiça pode parecer distante. Muitas vezes ela é. Mas ela também pode ser conquistada com coragem, com rede de apoio, com denúncia, com mobilização. Não se cale, procure ajuda”, declarou.
O caso Mariana Ferrer
Em 2018, Mariana Ferrer, na época influencier, acusou o empresário André de Camargo Aranha de drogá-la e estuprá-la em um clube de luxo em Florianópolis. A Justiça absolveu o homem em 2022. Na época, o promotor do caso, Thiago Carriço de Oliveira, utilizou a expressão “estupro culposo” que viralizou nas redes sociais.
O promotor justificou que não teria havido dolo (intenção) do acusado, porque não tinha como o empresário saber, durante o ato sexual, que a jovem não estava em condições de consentir a relação.
Durante a audiência de instrução, em 2020, Ferrer chegou a passar por uma série de constrangimentos pelo advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho, defensor de Aranha.
Em novembro de 2023, o CNJ advertiu o magistrado. Os conselheiros entenderam que ele agiu de forma negligente ao permitir que o advogado de defesa de Aranha humilhasse Mariana em diversas ocasiões durante a audiência.