Deputada Carla Zambelli. Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Deputada Carla Zambelli. Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Nesta terça-feira (2), o deputado federal Diego Garcia (Republicanos-PR) apresentou seu parecer a respeito do processo movido pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A parlamentar foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no caso da invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Após a condenação, a legisladora fugiu do Brasil e se encontra presa na Itália. No parecer, o relator manifestou voto contrário à cassação do mandato da parlamentar.

Garcia alegou que seu parecer contra a cassação se deu porque o processo contém “dúvida profunda, grave e legítima” sobre a participação de Zambelli no caso.

Ele relatou que a condenação da deputada foi fundamentada com a existência de arquivos comprovadamente criados pelo hacker Walter Delgatti. O conjunto de documentos, completou o relator, foi encaminhado para Carla Zambelli por e-mail. Entre eles, está uma ordem de prisão falsificada para o ministro Alexandre de Moraes.

“Tais arquivos foram apenas recebidos, sem que houvesse resposta, encaminhamento ou qualquer ato que demonstrasse instigação, anuência ou conhecimento prévio da origem ilícita. Não há, nas milhares de páginas do processo, mensagem de instigação, prova de ciência da invasão ao sistema do CNJ ou elemento que indique participação dolosa da parlamentar”, disse Diego Garcia em seu relatório.

Reação

Nas redes sociais, o deputado federal baiano Jorge Solla (PT) criticou o gesto do relator.

“Saiu há pouco que o relator da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara rejeitou o pedido de cassação de Carla Zambelli. Até quando a população vai pagar a conta dos deputados que não trabalham? Isso é um escárnio com a população”, bradou o petista em publicação na rede social X.