Foto: Betto Jr./Secom PMS/Divulgação
Foto: Betto Jr./Secom PMS/Divulgação

Milhares de fiéis tomaram as ruas do Comércio na manhã desta segunda-feira (8) para celebrar Nossa Senhora da Conceição da Praia, padroeira da Bahia e figura central da festa religiosa mais antiga do Brasil, que chega aos seus 476 anos em 2025. Entre cânticos, fé e emoção, Salvador renovou uma tradição que atravessa séculos, mantendo viva a devoção iniciada em 1549, quando a imagem da santa foi trazida de Portugal por Tomé de Souza, primeiro governador-geral do Brasil.

As homenagens à padroeira começaram ainda de madrugada, às 5h, com a alvorada, que marcou o início das festividades. Em seguida, duas missas foram celebradas no interior da basílica. O ponto alto da festa aconteceu às 8h, com a Solene Missa Campal realizada em frente à Basílica Santuário de Nossa Senhora da Conceição da Praia, presidida pelo Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Cardeal Dom Sergio da Rocha. O prefeito de Salvador, Bruno Reis, e a vice-prefeita, Ana Paula Matos, acompanharam a celebração.

Tradicional procissão

Após a missa, a tradicional procissão levou às ruas do Comércio as imagens de Nossa Senhora da Conceição da Praia, Deus Menino, Santa Bárbara, Senhor do Bonfim, Santa Dulce dos Pobres e São José, acompanhadas por cânticos, orações e manifestações de fé de milhares de fiéis.

O cortejo percorreu vias históricas do bairro e retornou à basílica para a bênção do Santíssimo Sacramento, encerrando o rito solene da manhã.

Força histórica

Antes da missa campal, o prefeito Bruno Reis ressaltou a força histórica, cultural e espiritual da festa.

“A primeira festa religiosa do Brasil completa, este ano, 476 anos. Estamos aqui para render nossas homenagens a Nossa Senhora da Conceição da Praia, em um local de fé e tradição, momento de pedir proteção, sabedoria e renovar as esperanças”, afirmou Bruno Reis.

Já a vice-prefeita Ana Paula Matos reforçou o caráter identitário e coletivo da celebração, lembrando que a festa sintetiza elementos fundamentais da cultura baiana.

“É um momento muito especial, a abertura das festas populares da Bahia, quando nosso povo se revitaliza pela força da fé”, disse. Ela lembrou, ainda, que as festas populares baianas têm origem na tradição católica, mas se expandiram para as ruas, integrando diferentes expressões religiosas e culturais.

“Quando a gente pensa em festas populares, pensa em celebrações que nasceram dentro da Igreja e tomaram as ruas. São festas do coletivo, da mistura de religiões, da força das nossas raízes”, afirmou.