Foto: Reprodução/Redes Sociais
Foto: Reprodução/Redes Sociais

A vitória do cantor O Kanalha com a música ‘O Baiano Tem o Molho’, na categoria Axé/Pagodão do Ano, no Prêmio Multishow 2025, provocou debate nas redes sociais após críticas do empresário e coach Lucas Vazk.

Em vídeo publicado no Instagram, ele comentou a premiação e afirmou ter sentimentos opostos diante do reconhecimento nacional ao artista baiano. [veja vídeo ao final da matéria]

Esse vídeo aqui me gera duas emoções muito fortes. Uma é um orgulho. Fico feliz demais por ter um baiano ganhando um prêmio nacional de tamanho e expressão. Mas a segunda emoção é o questionamento mais profundo. O que aconteceu com as letras das músicas do Brasil? Com a poesia, com as metáforas, com a profundidade que marcou gerações?”, questionou.

Ele citou artistas consagrados e afirmou que, atualmente, canções com letras rasas ganham destaque por impacto e viralização, não pelo conteúdo artístico.

“Hoje nós estamos premiando canções com letras extremamente rasas, que viralizam mais pelo choque do que pelo conteúdo.”

Apesar das críticas, o empresário ressaltou que não atacava diretamente o artista premiado, mas o comportamento coletivo de consumo cultural.

Isso não é crítico ao artista, não é crítico ao Canalha. O questionamento é sobre nós, sociedade, e sobre como trocamos profundidade por algoritmo.”

Nos comentários, diversas pessoas concordaram com o posicionamento do empresário e criticaram a premiação da música vencedora.

“Letra rasa você foi gentil, né? Uma letra de baixo calão. Estou indignada como esse pseudo-artista foi premiado em rede nacional”, disse um internauta. “Eu sou baiano, mas sinceramente tenho vergonha e não entendo como uma música como essa pode ganhar um prêmio nacional”, argumentou outro. “A vitória dessa música só me faz pensar onde foi que nós nos perdemos. As letras hoje são rasas, apelativas e, muitas vezes, degradantes”, opinou um seguidor.

Por outro lado, parte do público discordou das críticas e saiu em defesa do pagode e da diversidade cultural brasileira.

“Talvez não seja o tipo de cultura que você aprecie, mas ainda assim é cultura. Cultura de uma geração e de uma parcela da sociedade”, comentou uma internauta. “Você não entende sobre identidade e referência. Letras com cunho sexual sempre existiram na música brasileira“, escreveu outra.