O ex-jogador Adriano Strack, de 33 anos, que tem passagens pela base do Grêmio e profissionalmente por Juventude e Chapecoense, criou o Clube 1992 para realizar um sonho que o acompanhava desde a infância: jogar na própria cidade natal, Carazinho, no noroeste do Rio Grande do Sul.
A oportunidade veio neste mês, quando ele entrou em campo na Série B do Gauchão, equivalente à terceira divisão, e disputou sua primeira partida no município. “A cidade nunca tinha me visto jogar. Saí de casa muito cedo e, quando entrei em campo, parecia o Neymar chegando, todo mundo queria ver”, brincou o ex-atleta, que pendurou as chuteiras em 2016, em entrevista ao site Ge.
A ideia do clube surgiu ainda quando Adriano atuava na Bósnia-Herzegovina. Insatisfeito com a carreira, ele começou a desenhar o escudo, o estádio e até as placas de publicidade de um time que um dia representaria sua terra. De volta ao Brasil, não conseguiu assumir o antigo Atlético Carazinho por entraves políticos e acabou comprando o União Harmonia, de Canoas, transformado em 2024 no atual Clube 1992.
O nome faz referência ao ano de nascimento do fundador, inspirado no modelo de clubes europeus como o alemão TSV 1860. O escudo traz traços de uma equipe bósnia em que ele jogou, o Veziri.
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Hoje, o 1992 conta com estrutura completa, incluindo academia, piscina, quadras e alojamentos. O projeto atende cerca de 300 jovens, do Sub-7 ao Sub-17, com aulas de oratória, inglês e comportamento em campo. “Procuro oferecer a eles o que não tive na minha carreira. Quero formar atletas e pessoas melhores”, disse Adriano, que também treina o time Sub-17.
O clube já deu início à construção do estádio próprio e sonha em disputar a Divisão de Acesso nos próximos anos. “O foco é formar jogadores, mas também sonhamos com o Gauchão. O estádio está saindo do papel e o profissional precisa acompanhar esse crescimento”, afirmou.
O Clube 1992 joga novamente neste domingo (19), às 15h, contra o Novo Horizonte, em Carazinho. A equipe é a quarta colocada do Grupo A, com um ponto conquistado.
