Confissão

Filho de humorista diz que ajudou a ocultar corpo de miss baiana em momento de 'desespero e amor'

Natural de Paulo Afonso, Raíssa vivia há três anos em Curitiba. Ela havia se mudado para a capital paranaense a convite de humorista

Reprodução/Record Bahia
Reprodução/Record Bahia

O filho do humorista Marcelo Alves, suspeito de assassinar a miss baiana Raíssa Suellen, afirmou que ajudou a ocultar o corpo da jovem em um momento de “desespero e amor” pelo pai. Em entrevista à Record, Dhony de Assis detalhou como seu pai confessou o crime e como ele acabou envolvido na tentativa de encobrir o homicídio.

Segundo Dhony, no dia do crime ele foi convidado por Marcelo para almoçar em sua casa. A princípio, recusou o convite por estar trabalhando como motorista por aplicativo, mas acabou cedendo diante da insistência do pai. Ao chegar à residência da família, encontrou Marcelo em estado de choque.

“Ele começou a repetir várias vezes: ‘Não se desespere, não se desespere’. Meu pai era um cara que fazia piadas o tempo todo, estava sempre brincando. Então, eu fiquei esperando ele rir, como sempre fazia. Mas ele continuava sério. Muito sério. E quanto mais ele repetia aquilo, mais eu percebia que algo grave tinha acontecido. Foi aí que perguntei: ‘Pai, o que está acontecendo?’”, relatou.

Ainda conforme Dhony, o pai admitiu ter cometido “o maior erro de sua vida” e disse que Raíssa estava morta. Em seguida, confessou que havia a estrangulado e que o corpo estava dentro do imóvel, enrolado em uma lona plástica.

“O corpo estava no quarto. Quando abri a porta, ela já estava deitada na cama, embalada. Tinha uma lona plástica, o rosto coberto. Não dava pra ver nada. Eu não tive coragem de olhar, de realmente confirmar se era ela. Entrei em desespero. A única coisa que conseguia dizer era: ‘Pai, acabou-se… você acabou com sua vida. O que você foi fazer? O que está acontecendo?’”, contou o filho.

Ainda em choque, Dhony ajudou o pai a colocar o corpo da jovem no porta-malas de um carro emprestado. Eles seguiram até uma área de mata no município de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, onde enterraram a vítima.

“No meio do desespero, a primeira coisa que falei foi: ‘Você tem que se entregar’. Eu admirava meu pai, amo meu pai… mas fiquei desesperado. Incrédulo. Não conseguia acreditar no tamanho da atrocidade que ele tinha cometido. E acabei sendo testemunha, estava no local onde o corpo estava”, disse Dhony.

Natural de Paulo Afonso, no norte da Bahia, Raíssa vivia há três anos em Curitiba. Ela havia se mudado para a capital paranaense a convite de Marcelo, que a conhecia desde a infância por meio de um projeto social que mantinha na região.

A jovem se preparava para se mudar para Sorocaba, no interior de São Paulo. No dia do crime, almoçou com Marcelo e depois foi para a casa dele. De acordo com o depoimento do suspeito, o crime aconteceu após ele se declarar para Raíssa e ser rejeitado. Ele relatou ter sido xingado e, em seguida, usou uma braçadeira de plástico para estrangulá-la.

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