Um laudo emitido pelo Instituto Médico Legal (IML) apontou que o corpo do idoso Dário Antonio Raffael D’Ottavio, de 88 anos, pode ter ficado dentro da sua própria residência por até dois anos. A polícia achou o cadáver já em estado de esqueletização na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro.
De acordo com o exame cadavérico, o qual o site CNN teve acesso, o corpo apresentava tecidos moles apenas nos pés e nas mãos, além de partes da pele com aspecto ressecado na região das costas.
Além disso, a perícia não identificou sinais de putrefação ativa, nem insetos vivos no local, o que indica que o cadáver estava ali há, no mínimo, seis meses, podendo chegar a dois anos conforme estágio de decomposição.
Prisão dos filhos do idoso
A polícia descobriu o corpo do idoso no dia 21 de maio, na zona norte da cidade. Vizinhos acionaram a PM e alegaram não ver o idoso há muito tempo. Dentro da casa, a equipe encontrou o corpo do homem em um dos quartos, em avançado estado de decomposição.
A equipe prendeu em flagrante os filhos, Marcelo Marchese D’Ottavio e Tânia Conceição Marchese D’Ottavio, por ocultação de cadáver, resistência à prisão e lesão corporal. Marcelo reagiu com violência à abordagem policial, entrando em confronto físico com um agente. Tânia também tentou impedir a prisão, agredindo os policiais.
A polícia investiga a suspeita de que os filhos tenham mantido o corpo para continuar recebendo os benefícios financeiros do pai.
Atualmente, Marcelo está internado no Hospital Psiquiátrico Philippe Pinel, enquanto sua irmã foi transferida para a custódia da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP). A Justiça ainda aguarda o resultado de exames de sanidade mental solicitados pelos investigadores.
O caso permanece sob investigação. A causa da morte ainda não foi determinada, e exames complementares estão sendo conduzidos no Instituto Médico-Legal.
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