
A Polícia Civil realizou, nesta segunda-feira (8), uma operação em sete estados para combater grupos que traficavam medicamentos usados para aborto. As investigações mostram que os suspeitos atuavam em redes sociais. Eles vendiam os remédios e ofereciam “assessoramento técnico” para o procedimento.
A polícia prendeu três pessoas em flagrante por tráfico de drogas. Uma delas estava com comprimidos usados para induzir o aborto. A operação começou após uma mulher de Guaíba, no Rio Grande do Sul, ser hospitalizada. Ela comprou o medicamento e contratou o serviço, mas passou mal sem a orientação prometida.
Na Bahia, a polícia cumpriu mandados em Irecê e Itaguaçu. Também houve operações na Paraíba, Goiás, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais e Distrito Federal.
De acordo com a Polícia Civil, a organização criminosa traficava diferentes medicamentos controlados. O principal era o Cytotec (Misoprostol), substância usada ilegalmente em abortos e restrita ao ambiente hospitalar.
O “assessoramento técnico” incluía orientações sobre a administração do remédio durante o procedimento. Ao todo, mais de 250 mulheres participavam do grupo.
Durante a investigação, a polícia identificou os administradores do grupo. Eles eram os únicos com autorização interna para vender o Cytotec e acompanhar as usuárias. Além disso, os suspeitos moravam em vários estados, incluindo a Bahia.
A Polícia Civil agora busca detalhar o papel de cada integrante. Os agentes também tentam descobrir de onde saía o medicamento, já que o Misoprostol é de uso controlado e proibido para venda em farmácias.


