A Polícia Civil investiga se uma armadilha disfarçada de encontro comercial levou à morte da jovem Júlia Catarina Brito Santos, de 26 anos, baleada na noite do último domingo (13), no bairro Vale dos Lagos, em Salvador. Segundo relatos de familiares, Júlia teria sido atraída por uma suposta cliente que encomendou peças íntimas vendidas por ela. O que parecia uma entrega, no entanto, resultou em sua morte.
Júlia conciliava o trabalho em uma loja de shopping com a venda autônoma de peças íntimas. De acordo com uma tia da vítima, que conversou com os policiais no dia do crime, mensagens encontradas no celular de Júlia revelam uma conversa com uma mulher interessada nas mercadorias. A informação foi confirmada pela TV Bahia.
A cliente teria combinado de encontrá-la em frente à casa onde Júlia morava, informando estar dentro de um carro branco. Ao se aproximar do veículo, Júlia foi surpreendida por alguém que estava dentro do automóvel e acabou baleada. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. O caso aconteceu no mesmo dia em que a mãe da jovem completava aniversário.
Notícias Relacionadas
Natural de Inema, distrito rural de Ilhéus, no sul da Bahia, Júlia morava em Salvador há cerca de um ano e meio. O corpo foi levado para a cidade natal, onde foi velado e sepultado na segunda-feira (14). Durante a despedida, a avó da jovem, Dona Selma, que ajudou a criá-la, falou sobre a dor da perda em entrevista à TV Bahia.
“Ela nunca me deu trabalho, sempre lutou pela vida. Toda noite ela me ligava. No domingo, liguei pra ela e não atendeu. Aí eu senti que alguma coisa tinha acontecido. Depois, minhas filhas me disseram que ela tinha sido morta”, comentou.
Investigação
Júlia deixa um filho de sete anos. A Polícia Civil ainda não identificou suspeitos e investiga o caso como homicídio. A motivação segue indefinida, mas a principal linha de investigação é de que o encontro com a suposta cliente tenha sido premeditado.
