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Poliane França foi presa na última quinta-feira (27), durante a operação “Rainha do Sul”. Em sua residência, a polícia encontrou R$ 190 mil em espécie. De acordo com as investigações, a advogada desempenhava funções estratégicas dentro da organização criminosa.

A Polícia aponta ainda que Poliane mantinha um relacionamento íntimo com o chefe do grupo, Leandro de Conceição Santos Fonseca, conhecido como “Shantaram”, que está custodiado no presídio de Serrinha. Ela seria responsável por transmitir as ordens de Leandro aos comparsas fora da unidade prisional.

“Me chame de Rainha do Sul”

Um dos elementos que chamou atenção da Polícia Civil foi o comportamento da advogada dentro dos grupos de comunicação da facção. As investigações revelam que ser chamada de “Rainha do Sul” era uma exigência feita por ela aos integrantes.

Em um dos diálogos analisados, um dos membros do grupo lhe envia uma mensagem dizendo: “Dona Poliana, boa noite! Não consigo achar o contato de Tekila de jeito nenhum”. Ao ver seu nome escrito no grupo de WhatsApp, a advogada o repreende: “Me chame de RS”. Segundo a Polícia, a sigla faz referência ao título “Rainha do Sul”.

Relatórios da investigação apontam que o próprio Shantaram teria atribuído o apelido à advogada.

Ordens diretas aos faccionados

A gravidade de sua participação na facção também é evidenciada em mensagens enviadas por Poliane aos líderes do grupo. Segundo o inquérito, em uma das conversas, ela ameaça executar integrantes caso não realizem pagamentos considerados obrigatórios pela organização.

Esse tipo de ameaça, afirma a Polícia Civil, demonstra não apenas o controle financeiro rígido, mas também a autoridade e influência exercidas por Poliane dentro da estrutura criminosa.