O porteiro Levi Ferreira, de 63 anos, sofreu uma agressão no último sábado (20), dentro do condomínio onde trabalhava há seis anos, no bairro do Ogunjá, em Salvador. Ele registrou ocorrência na 6ª Delegacia Territorial (Brotas), que já abriu um inquérito para apurar o caso.
Testemunhas afirmam que o agressor, ex-marido de uma moradora, tem histórico de comportamento violento. Câmeras de segurança registraram o momento em que Levi conversa com outro funcionário e, de repente, é atacado com socos e tapas.
Durante entrevista à Record Bahia, Levi Ferreira contou que o agressor justificou o ataque alegando um suposto xingamento à companheira. No entanto, a própria mulher negou essa versão em depoimento à Polícia Civil. Ela também afirmou que pretende testemunhar a favor do porteiro.
Segundo Levi, o conflito não começou no sábado. Ele já havia se desentendido com a moradora em outras ocasiões, principalmente por causa do cachorro da família, que circulava em áreas proibidas. Reclamações sobre festas fora do horário e visitantes não autorizados também contribuíram para o clima de tensão no condomínio.
Após a agressão, Levi optou por deixar o emprego. Ele disse que teme novas ameaças, já que o agressor mora nas proximidades e é lutador de artes marciais.
Repercussão
“Estou com medo. Ele é agressivo. Na hora, bateu em lugares que não deixam marcas. Mesmo assim, fiquei machucado. Fiz exame de corpo de delito. Hoje, não me sinto seguro nem para sair de casa”, desabafou Levi.
Além do registro feito por ele, a moradora procurou a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) e solicitou uma medida protetiva contra o ex-companheiro. Ela também relatou um histórico de agressões.
A Polícia Civil segue com a investigação e deve ouvir outras testemunhas nos próximos dias.