Durante férias na Bahia, o soldado israelense Yuval Vagdani precisou fugir às pressas do Brasil com apoio da agência de inteligência de Israel, a Mossad, e da Embaixada israelense. Em entrevista ao canal de TV israelense N12, ele contou detalhes sobre a operação de resgate, que envolveu até uma abordagem da Polícia Federal no Aeroporto Internacional de Salvador.
Vagdani se tornou alvo da Justiça brasileira após a organização palestina Hind Rajab Foundation apresentar uma acusação de genocídio contra ele. O grupo o responsabiliza por participar da destruição de casas em Gaza, no final de 2024, supostamente com uso de explosivos fora de combate.
Uma das provas seria uma publicação nas redes sociais em que o soldado aparece diante dos escombros e escreve: “Que possamos continuar destruindo e esmagando este lugar imundo sem pausa, até os seus alicerces”.
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O militar havia chegado ao Brasil no início de 2025 em busca de descanso após quase dois anos servindo no Exército israelense, segundo afirmou. “Foi uma viagem pós-guerra. Eu queria esquecer um pouco tudo o que passei”, disse.
Ele escolheu a Bahia como destino e já estava há uma semana no estado quando recebeu duas chamadas perdidas do Ministério de Relações Exteriores de Israel. Ao retornar a ligação, foi orientado por um suposto agente da Mossad a fugir imediatamente, pois um processo judicial havia sido aberto contra ele.
Fuga
Antes de deixar o Brasil, Vagdani foi parado pela Polícia Federal no aeroporto de Salvador, onde foi interrogado. Segundo ele, conseguiu despistar os agentes alegando que não falava inglês. Liberado, deixou o país com auxílio da rede diplomática israelense.
