A Advocacia do Senado solicitou no início de setembro a prisão preventiva do ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) por ofender, atacar e perseguir a ex-senadora e prefeita de Crateús, Janaína Farias (PT). O pedido faz parte de uma ação da Justiça Eleitoral do Ceará em que Ciro é réu por violência política de gênero.
O juiz responsável ainda não analisou a solicitação, protocolada nos dias 1º e 4 de setembro.
A ação apura possíveis delitos em falas do ex-governador contra a prefeita, iniciadas em abril do ano passado, quando Janaína assumiu o mandato de senadora no lugar do ministro da Educação, Camilo Santana.
Na época, Ciro criticou a posse de Janaína, chamando ela de “cavalo” de Camilo e afirmando que sua única “realização” seria ter sido, nas palavras dele, assessora de “assuntos de cama” do ex-governador e atual ministro.
Declarações semelhantes foram feitas nos meses seguintes e denunciadas pelo Ministério Público Eleitoral cearense antes das eleições municipais.
Neste mês, a Advocacia do Senado voltou a acionar a Justiça Eleitoral após Ciro mencionar novamente Janaína em entrevistas.
Para o órgão jurídico, as declarações mostram que o ex-ministro continuou a cometer crimes mesmo após se tornar réu na Justiça Eleitoral.
Apoio à prisão preventiva
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), afirmou em redes sociais que a Advocacia do Senado agiu corretamente ao solicitar a prisão preventiva de Ciro.
Segundo ela, as ofensas são “gravíssimas” e representam um “machismo repugnante”.