Após sofrer uma derrota na Câmara dos Deputados, que derrubou a medida provisória (MP) criada para substituir o aumento do IOF, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exonerou uma série de indicados do Centrão que ocupavam cargos de segundo escalão no governo.
A medida atinge aliados do senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente do Progressistas, e de deputados do PSD, liderado por Gilberto Kassab, além de nomes ligados ao União Brasil e ao MDB.
Até o momento, os cortes já alcançaram postos estratégicos em órgãos federais como a Caixa Econômica Federal, a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), além de superintendências regionais do Ministério da Agricultura.
Nos últimos dias, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, levou a Lula a proposta de fazer um pente-fino nas nomeações ligadas ao Centrão e o presidente deu aval para a represália.
Entenda
Na semana passada, a Câmara impôs uma derrota ao governo ao deixar caducar a MP que previa o aumento de tributos, medida que visava ampliar a arrecadação e equilibrar o Orçamento de 2026.
Por 251 votos a 193, os deputados rejeitaram a proposta, construída como alternativa ao aumento do IOF sugerido pelo Planalto, o que resultou em mais um revés para a base governista.