O deputado federal Capitão Alden (PL-BA), vice-líder da bancada de oposição na Câmara, elogiou nesta quinta-feira (11) o voto do ministro Luiz Fux pela absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de todos os crimes que responde no processo da trama golpista na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo o parlamentar baiano, o magistrado “desmontou o teatro criado pelo relator Alexandre de Moraes” ao abrir divergência no julgamento e “escancarou que há uma perseguição política para criminalizar Bolsonaro”.
“Enquanto Moraes insiste em criminalizar a oposição política, Fux mostra coragem, honra a toga e lembra ao Brasil que ainda há ministros dispostos a defender a Constituição. Ele destacou que a missão principal do Supremo é a guarda da Constituição, o que não está sendo observado em tempos atuais. O processo é marcado por perseguição e um objetivo claro de eliminar o maior líder popular da direita brasileira”, afirmou Alden.
O parlamentar também criticou o voto de Alexandre de Moraes pela condenação de Bolsonaro e outros sete réus do núcleo central da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por tentativa de golpe de Estado.
Para ele, quando Moraes afirmou que não há dúvida sobre a tentativa de golpe após as eleições de 2022, “mostra que o resultado está decidido antes mesmo do julgamento”.
“Isso não é devido processo legal. O Brasil está diante de um julgamento que ficará marcado na história não como um ato de Justiça, mas como um ato de perseguição política contra Jair Bolsonaro e milhões de brasileiros que acreditam na liberdade”, disse.
Antes mesmo do início do julgamento, Fux já era visto como uma esperança para o bolsonarismo por ter apresentado divergências no andamento do processo. Com o voto favorável a Bolsonaro, Alden afirma que o ministro ganha o apoio da direita caso sofra algum tipo de coação.
“É claro que ele vai enfrentar retaliações por parte de seus pares porque ousou se levantar contra o sistema. Por isso, ele precisa do apoio de todos nós. Esse é um momento histórico. O Brasil está vendo quem realmente defende a democracia e quem usa o Supremo para perseguição política”, concluiu.