O União Brasil usou aproximadamente R$ 730 mil em recursos públicos para pagar o contador do escritório de advocacia de Antônio Rueda, presidente nacional do partido, para que também atuasse na gestão contábil e financeira da sigla, segundo o jornal Folha de S.Paulo.
O funcionário José Edjackson da Silva trabalha para o escritório Rueda & Rueda Advogados, administrado por Rueda e por sua irmã, Maria Emília Rueda, desde janeiro de 2018.
Os relatórios periódicos de prestação de contas apresentados pelo contador indicavam que ele cuidava da implantação e adequação de sistema de ERP (Enterprise Resource Planning, planejamento de recursos empresariais), além da gestão contábil, financeira e organizacional do partido, entre outras tarefas.
Em 2022, ele recebeu R$ 175 mil do partido pelo trabalho; em 2023, R$ 242 mil; e em 2024, R$ 312 mil.
Em nota, o União Brasil afirmou que “realiza todas as suas contratações dentro das normas legais e partidárias” e que Edjackson atua “de forma independente, com contratos distintos para cada função, sem sobreposição ou conflito de interesses”.
No entanto, até o momento, a legenda não tornou público documentos que comprovem os pagamentos separados.
Rueda é alvo da PF
A Polícia Federal (PF) incluiu o presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda, em uma investigação sobre a infiltração da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) nos setores financeiro e de combustíveis no Brasil.
A suspeita é de que Rueda seja o dono oculto de jatos executivos, registrados em nome de terceiros e de fundos de investimento, usados para transportar integrantes do crime organizado em voos domésticos e internacionais.
Rueda, no entanto, nega qualquer envolvimento no esquema. Em publicação nas redes sociais após a divulgação do caso, afirmou estar “sendo alvo de ilações irresponsáveis e sem fundamento”.
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