
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), defendeu nesta sexta-feira (30) que o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) anunciado pelo Governo Federal, seja para bilionários. A medida tem gerado críticas em diversos setores. O petista foi o entrevistado do programa Toda Hora, da Salvador FM.
O ex-governador da Bahia afirmou que se reuniu com lideranças políticas nesta semana na residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados para tratar sobre o assunto. Ele disse que a taxação será aplicada exclusivamente a pessoas jurídicas e que não impacta o bolso do cidadão comum.
“Quero aproveitar para esclarecer algo para quem está nos ouvindo: primeiro, o aumento do IOF não tem nada a ver com pessoa física. É direcionado exclusivamente para pessoa jurídica. Trata-se de um imposto regulatório, necessário para organizar o sistema. É claro que ele também arrecada, o que ajuda o governo a cumprir suas metas fiscais”, comentou.
Wagner afirmou que, em sua opinião, o setor que mais lucra é o financeiro, como os bancos tradicionais e fintechs. “E, sinceramente, eu acho melhor taxar bancos, taxar superbilionários, do que penalizar as pessoas mais simples”, completou.
A medida foi tomada pelo Ministério da Fazenda para equilibrar as contas públicas e abrir espaço para novas isenções voltadas para a população mais pobre. Entre elas, o projeto de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, previsto para entrar em vigor em 2026.
“Um dos grandes desafios do Brasil é a desigualdade social. Não tenho nada contra quem enriqueceu trabalhando ou recebeu herança de forma legal. Mas não dá para aceitar que 1% da população concentre a maior parte da renda, enquanto 50% ou 60% sobrevivem com até um salário mínimo, e muitos ainda vivem em extrema pobreza”, finalizou
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