
O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, anunciou nesta terça-feira (8) sua saída do governo Lula (PT). A decisão ocorre após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar denúncia contra ele por suspeita de envolvimento em desvio de emendas parlamentares.
A investigação aponta que Juscelino direcionou recursos públicos à cidade de Vitorino Freire, no Maranhão. Na época, ele era deputado federal e a irmã, Luanna Rezende, também do União Brasil, comandava a prefeitura do município.
Em carta aberta, o ministro justificou a decisão com um tom de defesa:
“Hoje tomei uma das decisões mais difíceis da minha trajetória pública. Solicitei ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva meu desligamento do cargo de ministro das Comunicações. Não o fiz por falta de compromisso, muito pelo contrário. Saio por acreditar que, neste momento, o mais importante é proteger o projeto de país que ajudamos a construir e em que sigo acreditando”, declarou.
Na mesma carta, Juscelino reforçou a relação de confiança com o presidente:
“Tive o apoio incondicional do presidente Lula”, escreveu. Ele ainda afirmou admirar profundamente o petista e destacou:
“Sempre garantiu liberdade e respaldo para trabalhar com autonomia e coragem”.
Próximos passos
A denúncia da PGR foi enviada ao ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF). Agora, Dino deve abrir prazo para que os advogados de Juscelino Filho apresentem defesa.
Em seguida, o STF deve analisar o caso na Primeira Turma ou no plenário geral, definindo se o ministro se tornará réu no processo.
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