O ministro dos Transportes, Renan Filho, não vem mais à Bahia nesta sexta-feira (24). Ele receberia o Título de Cidadão Baiano em sessão especial da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). Na manhã desta quinta-feira (23), instrutores e representantes de autoescolas fizeram um protesto na frente da Alba contra a concessão da honraria. O ministro é um dos defensores no governo Lula da proposta que acaba com a obrigatoriedade de aulas teóricas no processo de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Apesar da desistência de Renan Filho, outro ministro do governo Lula vai comparecer ao Legislativo baiano para receber o título de cidadania. Trata-se de Jader Filho, ministro das Cidades. A solenidade está prevista para ocorrer a partir das 9h no Plenário da Casa.
Nas redes sociais, o MDB Bahia, partido ao qual os dois ministros são filiados, vinha fazendo a divulgação da homenagem aos políticos. No entanto, nesta quinta, após o ato no Centro Administrativo da Bahia (CAB), o partido passou a divulgar a sessão para homenagem apenas para Jader Filho.

“Persona non grata”
Durante o protesto na frente da Alba, o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT) na Bahia, Marcelo Carvalho, criticou a medida defendida por Renan Filho.
“Precisamos chamar a atenção da população sobre o que está acontecendo, esclarecer alguns pontos da falácia do ministro Renan Filho, que quer acabar no país inteiro com mais de 300 mil empregos. Ele quer destruir o seu posto de trabalho sob uma falácia, contando uma mentira, dizendo que vai se tornar mais barato com o custo da habilitação. E nós sabemos muito bem o que ele está querendo fazer com isso”, afirmou o sindicalista em cima do mini-trio.
Em seguida, o dirigente da UGT criticou a homenagem aprovada na Alba e que seria entregue nesta sexta-feira (24).
“Que honraria merecida é essa? Para acabar com o seu emprego, com um emprego de mais de 8 mil pais e famílias. O que ele merece é uma sonora vaia da categoria. Ele merece, é o título de persona non grata do povo baiano. Essa Casa não pode dar um título a um ministro que quer destruir mais de 300 mil empregos no país”, discursou.
A reportagem entrou em contato com a assessoria do deputado Matheus Ferreira (MDB), autor do projeto para concessão da homenagem a Renan Filho, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.


