Parlamento baiano

Paulo Câmara diz que oposição na Alba "não tem muita força" e está "fadada ao microfone"

Para o tucano, o bloco de oposição ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) não tem força "nem para abrir uma CPI"

Deputado Paulo Câmara (PSDB). Foto: Divulgação/ALBA
Deputado Paulo Câmara (PSDB). Foto: Divulgação/ALBA

O deputado Paulo Câmara (PSDB) fez uma análise realista da bancada oposicionista, grupo que integra na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). Para o tucano, o bloco de oposição ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) não tem força “nem para abrir uma CPI”.

Durante entrevista ao programa Boa Tarde Bahia, na Band TV, o legislador falou do cenário em que a bancada oposicionista se encontra no Parlamento baiano.

“A gente não tem muita força. Se parar para espremer, são 17 ou 18 [deputados]. A gente não tem nem força para abrir uma CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] lá. A gente fica muito apequenado, a realidade é esta. A gente fica fadado ao microfone, à tribuna, em tentar fazer uma obstrução ou outra. Mas força de manobra regimental, parlamentar, confesso que não vejo. O momento, hoje, acho que cada um está cuidando mais da sua vida”, afirmou.

Corrida pelo Executivo

Paulo Câmara afirma que a oposição espera ter o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (UB), como candidato ao governo da Bahia no ano que vem. No entanto, o tucano alega que tudo vai depender do cenário da eleição presidencial.

“Nossa campanha está pautada no candidato ACM Neto. Acho que ele não vai desistir. Pelo contrário, ele vai até o fim. Mas a Bahia é pautada pelo cenário federal. O presidente da República, historicamente, elege o governador do estado. Como estará o presidente Lula no ano que vem? Estará pior que agora ou melhor? Quem será o candidato da oposição, será o Tarcísio [de Freitas]?”, ponderou Câmara.

Assim, na opinião do deputado, tal cenário só deverá ter uma definição a partir de março de 2026. “Teremos uma realidade mais palpável aqui no cenário baiano”, apontou.