8 de janeiro

PL está disposto a ir para o enfrentamento por votação da anistia, diz deputado baiano

Projeto que prevê anistia para envolvidos nos atos do 8 de janeiro de 2023 já tem regime de urgência aprovado na Câmara dos Deputados

Deputado Capitão Alden. Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Deputado Capitão Alden. Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

No dia 17 de setembro deste ano, a Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência para o projeto de lei que prevê anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Agora, conforme relatou o deputado federal baiano Capitão Alden (PL), vice-líder da oposição na Casa, o Partido Liberal vai defender a votação do texto, mesmo que o cenário não seja favorável à aprovação.

Durante entrevista ao programa Boa Tarde Bahia, na TV Band, o parlamentar bolsonarista explicou que um arranjo junto ao presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), poderá possibilitar a apreciação do projeto da anistia na próxima semana.

Apesar do contexto incerto a respeito da aprovação, Capitão Alden explica que o partido defende que o projeto seja pautado “independentemente de qual venha ser o resultado”.

“Hoje, o próprio Hugo Motta, conversando com o Centrão, não garante o número de votos suficientes para aprovação de eventual anistia. Mas mesmo assim, o PL está disposto a ir para o enfrentamento. Primeiro, porque já estamos há mais de um ano tratando dessa temática, tentando fazer as costuras necessárias para aprovar a anistia. Portanto, precisamos virar a página, quer seja favoravelmente, quer seja negativamente”, disse o deputado federal

No caso de aprovação, ressaltou Capitão Alden, a anistia deverá incluir o ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Se vencermos, teremos a anistia geral e irrestrita para todos os envolvidos, incluindo o Jair Messias Bolsonaro. Se for negativo, continuaremos com o argumento de que o devido processo não foi respeitado. De uma forma ou de outra, deveremos pressionar ainda mais os institutos internacionais no sentido de se fazer enxergar no Brasil que violações de direitos humanos foram e vem sendo praticadas”, apontou