O deputado estadual Robinson Almeida (PT) afirmou nesta quarta-feira (18), em entrevista ao PS Notícias, que o PT não tem sido beneficiado pela Federação Brasil da Esperança. Segundo ele, a aliança com PCdoB e PV trouxe diversos problemas nas eleições municipais, principalmente por divergências políticas nos municípios baianos.
“A federação foi um arranjo partidário feito para a eleição presidencial, mas o balanço é que o PT saiu prejudicado. A junção forçada com PCdoB e PV ocorreu em cidades onde as posições políticas eram distintas, com uns na situação e outros na oposição. Foi uma experiência ruim para o PT”, avaliou.
Para Robinson, o ideal seria promover mudanças na federação antes das próximas eleições ou que o PT deixe a aliança.
“É preciso reformular para evitar imposições aos municípios. Que a federação valha apenas no plano nacional, para eleger deputados, porque ficou muito difícil aplicar essa junção forçada. Creio que, se não houver mudanças, o fim da federação seria melhor do que sua continuidade nas próximas eleições”, defendeu.
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As declarações ocorrem em meio a rumores de que lideranças petistas articulam, em Brasília, o fim da federação. Já integrantes do PCdoB e do PV resistem à ideia.
Entenda como funciona a federação
A federação une dois ou mais partidos que passam a atuar como um só por, no mínimo, quatro anos. Nesse formato, as siglas funcionam como um único partido no Congresso, compartilhando o Fundo Partidário, o tempo de televisão e um programa unificado.
Diferente das coligações, que valem apenas durante o período eleitoral, a federação exige atuação conjunta durante todo o mandato.
Meses antes das eleições de 2022, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou a criação da federação partidária formada por PT, PCdoB e PV.
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