Em meio ao impasse entre PT e PSD na formação da chapa majoritária para as eleições de 2026 na Bahia, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, evitou comentar sobre o assunto ao ser questionado pela imprensa nesta quinta-feira (5). Apesar de já ter anunciado sua candidatura ao Senado na chapa do governador Jerônimo Rodrigues (PT), Rui afirmou que só tratará do assunto no ano que vem.
“No Brasil, as eleições são sempre em anos pares. Nos ímpares, precisamos nos dedicar ao trabalho. Em 2025, é o ano da entrega. Se anteciparmos o debate eleitoral, ninguém trabalha no país”, disse o ministro.
“Tem muitas obras e investimentos importantes para fazer e minha cabeça está voltada para isso. A articulação política e a composição da chapa ficam para o próximo ano”, completou.
Desconforto na base de Jerônimo
O desejo do PT de encabeçar uma chapa puro-sangue em 2026 tem gerado desconforto na base do governador Jerônimo Rodrigues. Candidato à reeleição, ele lidera um grupo político com dez partidos e duas vagas ao Senado para disputar.
Os mandatos dos senadores Jaques Wagner (PT) e Angelo Coronel (PSD), que buscam a reeleição, terminam em 2026. Se a chapa for totalmente petista, Coronel ficará de fora, o que desagrada o PSD do senador Otto Alencar.
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Em recente entrevista ao programa Toda Hora, da rádio Salvador FM, Wagner defendeu que o debate deve ocorrer para preservar a unidade do grupo.
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