
Na tarde desta sexta-feira (23), pais e responsáveis de alunos da Escola Municipal Nova, localizada no Bairro da Paz, em Salvador, fizeram um protesto na Avenida Paralela. O ato tem o objetivo pressionar a prefeitura a pagar o piso salarial dos professores, condição para o fim da greve e o retorno das atividades escolares.
A concentração, que começou por volta das 16h, em frente a unidade escolar, fechou a via nas proximidades do metrô. Segundo os organizadores, a manifestação é pacífica.
Segundo o portal comunitário JC Bairro da Paz, muitos pais relatam dificuldades para trabalhar e as crianças têm sofrido com a quebra da rotina escolar, a falta da merenda e da convivência com professores e colegas.
“Já vai fazer um mês que nossos filhos estão sem aula. Isso é um absurdo! A gente entende que os professores estão lutando por seus direitos, e têm nosso apoio, mas as crianças estão sendo as mais prejudicadas”, declarou uma mãe ao portal comunitário.
Além do protesto desta sexta-feira, os pais e responsáveis planejam fazer outras manifestações ao lado dos professores, inclusive na Assembleia Legislativa.
Trânsito em meio ao protesto
Segundo informações de motoristas que passavam no local, devido ao ato o trânsito na região ficou lento.
Parte da Avenida Paralela, sentido Lauro de Freitas, foi bloqueada pelos manifestantes, que seguram cartazes. De acordo com motoristas, a polícia já esteve no local.
Em nota, a Polícia Militar informou que as guarnições constataram o fato, iniciaram o processo de negociação com o grupo e, após diálogo, a via foi liberada. Além disso, o policiamento foi intensificado na região.
A greve
A categoria deflagrou greve há duas semanas, após reivindicarem o pagamento do Piso Salarial Nacional, pela prefeitura, conforme previsto em lei.
Os profissionais da educação fizeram atos e manifestações ao longo das últimas semanas e na tarde de ontem (22), a categoria e outros servidores municipais, invadiram o Centro de Cultura Câmara de Vereadores em meio a votação dos reajustes salariais dos servidores municipais de Salvador.
Os professores precisaram ser contidos com spray de pimenta, e uma briga generalizada tomou conta do local, forçando a suspensão da sessão, que só foi retomada uma hora depois, em uma sala fechada. A maioria dos vereadores votou a favor da proposta da gestão municipal, que prevê um reajuste entre 6,27% e 9,25% para professores, e de 4,83% para os demais servidores.
A proposta dos servidores, no entanto, é de um reajuste salarial de 25%, além do pagamento de auxílio-alimentação. Os professores da rede municipal, por sua vez, exigem o pagamento integral do piso salarial nacional. Segundo a APLB-Sindicato, esse piso está defasado em mais de 58% em Salvador.
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