Pais e mães de alunos da rede municipal de ensino de Salvador realizaram uma manifestação no início da tarde desta quinta-feira (5), na Avenida Mário Leal Ferreira, conhecida como Bonocô. No local, eles pediam pela volta às aulas e pelo aumento salarial dos professores, que estão em greve há 31 dias.
O grupo de pais interditou a via no sentido Centro, próximo à primeira passarela da avenida, incendiando objetos no meio da pista. Os manifestantes queimaram pneus, estacas e até mesmo um colchão, causando grande fumaça e congestionamento no local.
Manifestação dos pais
Em entrevista ao PS Notícias, um dos pais, identificado como Danilo, mostrou revolta pela medida tomada pelo prefeito recentemente: de garantir a merenda dos alunos enquanto as aulas não retornam.
“Ele [Bruno Reis] não coloca o que é de direito dos professores e aí, quem paga, nossas crianças. Ele mandou nossas crianças irem para o colégio merendar. Ele está louco? Merendar?“, questionou o homem, que possui dois filhos alunos de instituição da rede municipal.
Também com dois filhos estudantes da rede pública municipal, uma mulher de prenome Cássia declarou que a situação é “um descaso”. “O prefeito ainda diz que vai dar merenda. Nossos filhos são porcos?”, afirmou.
“Nossos filhos não têm nada a ver com essa briga. Essa briga não é das crianças, é do prefeito com os professores. Ou ele paga, ou ele demite e coloca quem quer trabalhar”, opinou a mãe.
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Também manifestante, Ana Catarina declarou que espera uma resposta rápida do prefeito. “Já que ele tem dinheiro para fazer festa de São João, ele tem que ter para pagar os professores (…) Não só professores, todo o servidor municipal”, protestou.
“O prefeito está preocupado em fazer festa bonita para turista. Turista chega e vai embora, a gente quer um posicionamento para quem está na cidade”, declarou.
A greve dos professores municipais de Salvador completou 1 mês na quarta-feira (4). Mais de 130 escolas da capital baiana estão sem aulas por causa da greve dos professores, que exigem o pagamento integral do piso nacional.
*Com informações do repórter Paulinho FP.
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