

Na França, os acordos foram aprovados pela Assembleia Nacional, que equivale à Câmara no Brasil, pelo Senado e poder executivo. Os documentos foram assinados no diário oficial francês pelo presidente François Hollande, ministro do Interior, Manuel Valls e primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault.
Foram promulgados pela França os acordos de regime especial de transportes e de mercadorias. O primeiro trata das normas para trânsito de passageiros de veículos e cargas pela ponte.
Um dos pontos do documento permite a exploração de linhas de ônibus entre os dois países através da ponte sobre o rio Oiapoque. O serviço, no entanto, poderá ser oferecido somente por empresas.
O prestador do serviço deverá ter autorização dos órgãos reguladores de transporte dos dois países. Em caso de irregularidade, as penalidades aplicadas serão as previstas no país onde foi realizado o flagrante.
Em relação ao segundo acordo, são isentados de tributos de importação as mercadorias de subsistência, que neste caso, entende-se por "produtos de limpeza, alimentícios, vestuários, calçados, revistas e jornais, destinados à utilização e consumo cotidiano", sem finalidade comercial.
Em caso de irregularidade, as penalidades serão as aplicadas no país onde a pessoa for flagrada.
Os acordos são umas das condicionantes para a abertura da ponte binacional entre Oiapoque e Saint-Georges.
Apesar do avanço burocrático, a abertura ainda depende da conclusão da estrutura alfandegária brasileira, que está em construção. A ponte, de R$ 61 milhões, está pronta desde 2011. A aduana francesa foi entregue há cinco anos.
Em maio de 2016, o Departamento de Transportes e Infraestrutura (Dnit), responsável pela obra, informou que ela ainda precisa da construção do pátio aduaneiro e que mesmo após isso, é impossível prever uma data de inauguração porque a administração da aduana será repassada para diversos órgãos de fiscalização na fronteira.
"Mesmo após as intervenções da autarquia [Dnit], como as operações da aduana serão realizadas por outros órgãos federais, não tem condições de prever data de inauguração ou operação", informou em nota o Dnit.
Reprodução: G1


