Entenda

Salvador lidera em capitais com maior número de moradores em ruas sem calçada

Dados são do Censo Demográfico 2022

Foto: Reprodução
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Em Salvador, 4 de cada 10 habitantes (43,6%) moravam em vias onde não havia calçada ou passeio, isso representa 1.046.334 pessoas. Os dados são do Censo Demográfico 2022 sobre Características Urbanísticas do Entorno dos Domicílios.

As calçadas e os passeios são considerados equipamentos urbanos importantes para a segurança e conforto dos pedestres, que precisam de um espaço para circular pela cidade e até mesmo para realizar caminhadas e atividades físicas.

Além de ser a capital com a maior proporção de pessoas que moram em vias onde não há calçada, Salvador viu esse percentual aumentar em 12 anos. 

Em 2010, a capital baiana estava em 9º lugar no ranking de moradores em ruas sem calçadas. Nesse ano, 37,4% da população residia em vias sem passeio, isso representava 732.111 pessoas. O grupo cresceu em 42,9%, ou seja, em mais de 314.223 pessoas. O que causa mais estranheza é que a população de Salvador, como um todo, diminuiu 9,6%. 

Pensando no estado da Bahia, a situação melhora. A proporção de pessoas morando em vias sem calçada/ passeio caiu em relação a 2010. No estado, recuou de 38,5% para 25,2%; no país, caiu a menos da metade, de 32,7% para 15,7%.

Depois de Salvador, as outras capitais com maior proporção de moradores em vias sem calçada são Boa Vista/RR (38,3%), Macapá/AP (35,8%) e Recife/PE (28,1%). Goiânia/GO (1,9%), Curitiba/PR (5,1%) e Aracaju/SE (6,7%) tinham os menores percentuais de moradores em vias sem calçada/passeio. 

Salvador é a capital com 2ª menor proporção de moradores em vias com rampa para cadeirante

Apesar de a rampa para cadeirante ser uma exigência da lei 10.098, de 19 de dezembro de 2000, Salvador, em 2022, tinha apenas 6,9% da população (165.504 pessoas) morando em vias com rampa para cadeirante. O percentual era o 2º menor entre as 27 capitais, estando um pouco acima apenas de Manaus/AM (6,5%).

A presença de rampas para cadeirantes cresceu em todas as capitais, entre 2010 e 2022. Em Salvador, a proporção de pessoas morando em vias com esse equipamento saltou de 1,9% para 6,9%, o que significou um aumento muito expressivo nessa população, que quadruplicou em 12 anos, passando de 37.564 para 165.504. 

Entretanto, a capital baiana teve o segundo menor avanço em pontos percentuais (+5,0), só acima de Manaus/AM (+4,4), por isso caiu quatro posições no ranking das mais acessíveis – tinha a 6ª menor proporção em 2010, passou a 2ª menor em 2022.

Na Bahia como um todo, apenas 8,9% das pessoas moravam em vias onde havia rampa para cadeirante (cerca de 925 mil, em números absolutos). Era o 21º percentual entre os estados (ou o 7º mais baixo). Embora a proporção fosse superior à de Salvador, era menor do que a registrada no Brasil, onde essa era a situação para 15,2% da população (26,5 milhões de habitantes). 

Tanto na Bahia quanto no Brasil, a proporção de pessoas morando em vias com rampa para cadeirante aumentou em relação a 2010. No estado, subiu de 1,1% para 8,9%; no país, cresceu de 3,9% para 15,2%.

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