Política

Jorge Solla critica uso de UTI para transmissões ao vivo durante internação de Bolsonaro

A declaração foi feita durante agenda com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha

Foto: Yuri Abreu/PS Notícias
Foto: Yuri Abreu/PS Notícias

O deputado federal Jorge Solla (PT-BA) criticou, neste sábado (26), a conduta de Jair Bolsonaro durante internação. Ao comentar o episódio em que o ex-presidente recebeu a intimação do Supremo Tribunal Federal (STF) e a repercussão de suas transmissões ao vivo no hospital, o parlamentar classificou a situação como ‘absurda’.

“Como profissional de saúde e como médico, não consigo entender como é que a UTI daquele hospital permitiu transmissões ao vivo, lives de garotos propaganda vendendo capacetes e coisas do gênero. É um absurdo que um espaço de Unidade de Terapia Intensiva seja transformado em um estúdio de TV para produções de materiais para lives na internet. E é isso que me soa bastante estranho”, pontuou o deputado.

Alexandre Padilha na Bahia

Na tarde deste sábado (26), Jorge Solla acompanhou em Salvador o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que cumpre agenda na Bahia, enfatizando a retomada de investimentos federais na área da saúde. Ambos visitaram o Centro Especializado em Reabilitação (CER IV) das Obras Sociais Irmã Dulce, em Patamares.

“O ministro está conosco desde ontem, em Banzaê, na região nordeste da Bahia, na aldeia indígena. Ele fez o lançamento da campanha do mês de vacinação indígena com uma série de anúncios de investimentos por parte do governador e do Ministério. São 38 novas unidades básicas de saúde para a população indígena em vários territórios aqui da Bahia. A campanha de vacinação foi marcada, até o nosso governador foi vacinado lá”, relatou.

Jorge Solla lembrou ainda que, pela manhã, Padilha visitou as obras da Policlínica de Camaçari.

“Deve ficar pronta no final do ano. O ministro anunciou uma nova unidade de pronto atendimento, novas ambulâncias também sendo entregues”, destacou.

Além disso, o deputado ainda reforçou a atenção do presidente Lula ao setor da saúde, e do impacto positivo para a instituição baiana que vinha enfrentando uma crise.

“É bom lembrar que até o retorno do presidente Lula, as Obras Sociais Irmã Dulce estavam vivendo uma crise financeira sem precedentes, porque o contrato era o mesmo valor desde 2016. Desde que tiraram a presidenta Dilma, naquele impeachment de 2016, até a volta do presidente Lula, a Obras Sociais Irmã Dulce sobreviveu a duras penas com os mesmos valores congelados. Não foi só as Obras Sociais Irmã Dulce, mas o Martagão Gesteira e outros hospitais também. Os serviços públicos estaduais novos, como vários hospitais e policlínicas, não recebiam um centavo sequer do governo federal. Você tem uma ideia? Quando o presidente Lula assumiu, a Bahia tinha uma programação de valor de Ministério da Saúde anual de R$ 1,7 bilhão. Com apenas dois anos, saltamos para quase R$ 2,7 bilhões, quase R$ 1 bilhão a mais, porque os serviços estavam represados”, afirmou.

Relembre chegada de ministro à pasta da Saúde

No final de fevereiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demitiu Nísia Trindade do comando do Ministério da Saúde. Agora, o posto fica nas mãos de Alexandre Padilha, ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais. No lugar dele, assumiu Gleisi Hoffmann.

Padilha voltará ao Ministério da Saúde após mais de 10 anos, já que comandou a pasta entre janeiro de 2011 e fevereiro de 2014, durante o governo de Dilma Rousseff (PT).

Desde o início do governo, Nísia Trindade enfrentava pressões e queixas de membros do Congresso por sua atuação no Ministério.

Assim, parlamentares queriam dar um viés mais político à pasta e acelerar entregas consideradas prioritárias para o presidente Lula.

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