Abril é reconhecido como o mês mundial de conscientização sobre a doença de Parkinson. Por esse motivo, é fundamental chamar a atenção, ampliar o debate e promover informação para os tratamentos existentes, importância dos exercícios físicos e da alimentação, futuro do transtorno e também nos alertas que a doença nos dá. Baseando-se nesses sinais, torna-se possível fazer o diagnóstico precoce e permitir o controle e acompanhamento adequado, desde o estágio inicial.
Segundo o neurologista Dr. Gabriel Xavier, especialista no transtorno de Parkinson, identificar a condição logo nos estágios iniciais é determinante para que o paciente mantenha a qualidade de vida.
“Quanto antes for determinado o diagnóstico mais rapidamente as estratégias terapêuticas poderão ser instituídas. Apesar do tratamento atual não reduzir a perda de neurônios, já foi comprovado que os pacientes que são tratados precocemente evoluem melhor e com maior manutenção da funcionalidade.”, explica.
Além do tratamento medicamentoso e intervenções clínicas, o acolhimento emocional, o apoio familiar, e da sociedade desempenham papel fundamental na vida de quem convive com o Parkinson.
“É essencial desmistificar o Parkinson. Com acompanhamento especializado e um plano de tratamento eficaz, é possível ter uma vida normal e com qualidade. Não há mais espaço para se pensar que ao receber o diagnóstico da doença a pessoa vai se limitar e deixar de realizar suas atividades, muito pelo contrário. Deve-se estimular que o portador de Parkinson mantenha sua funcionalidade, além de permitir sua socialização tendo respeito com qualquer limitação que a doença possa trazer.”.
O Dr. ainda chama a atenção que o tratamento da doença é multidisciplinar e envolve diversas áreas dentro da saúde. Portanto, a presença de educadores físicos, fisioterapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos e nutricionistas são fatores fundamentais.
“Todos esses profissionais são extremamente úteis no processo, e agem como complemento do trabalho do outro. Enquanto a cura não chega, vamos nos apoiando no que já está comprovado pela ciência. Essa abordagem integrada promove não só um melhor controle dos sintomas, mas manutenção a autonomia, autoestima e qualidade de vida do paciente ao longo de toda a jornada com a doença”, finaliza o neurologista.
Dados sobre o Parkinson
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, o Parkinson afeta mais de seis milhões de pessoas no mundo, sendo a segunda condição neurodegenerativa mais prevalente. No Brasil, o Ministério da Saúde, estima que entre 200 mil e 250 mil brasileiros, convivam com o Parkinson, em maioria, acima dos 60 anos.
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