O deputado bolsonarista Gilvan da Federal (PL-ES) reagiu após ter o seu mandato suspenso, por três meses, depois de ter xingado a ministra de Relações Institucionais do governo Lula, Gleisi Hoffman.
No dia 29 de abril, o liberal associou a deputada federal licenciada pelo PT ao codinome “Amante”, que teria sido atribuído a ela em uma planilhas de propinas da Odebrecht. Na sequência, Gilvan disse que a pessoa apelidada de “Amante” deveria “ser uma prostituta do caramba”.
Após a repercussão, a cúpula da Câmara afirma que o deputado excedeu o “direito constitucional à liberdade de expressão” e ofendeu a “dignidade da Câmara dos Deputados”. O parlamentar foi denunciado ao conselho pela própria direção da Câmara. Ele é acusado de quebra de decoro.
A oficialização da suspensão do mandato do parlamentar foi aprovado, na última terça-feira (5), Conselho de Ética da Casa, por 15 votos a 4. Um dia depois, o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), oficializou a medida.
Na manhã de quinta (7), os sistemas da Câmara também foram atualizados para informar que Gilvan não está mais no exercício do mandato. Durante o período de suspensão do mandato, ainda seguindo as atuais regras, o liberal deverá ficar sem salário e perder outros benefícios relacionados ao mandato.
A suspensão, contudo, não isentará Gilvan da Federal de responder a um processo disciplinar, no Conselho de Ética, que pode levar à cassação definitiva do mandato.
Nas redes sociais, no dia de ontem, Gilvan postou um vídeo com a seguinte legenda: “Tempos DIFÍCEIS forjam Homens FORTES. Sigo FIRME. Deus, Pátria, Família e Liberdade”.
Gleisi agradece presidente da Câmara por suspensão de mandato de deputado bolsonarista
A ministra Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, agradeceu ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), pela suspensão do mandato do deputado Gilvan da Federal (PL-ES).
Em seu perfil no X, Gleisi estendeu os agradecimentos à Mesa Diretora e aos membros do Conselho de Ética da Câmara pela decisão. A ministra havia apresentado, na última 2ª feira (5), uma queixa-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado federal, que a chamou de “prostituta do caramba” durante sessão na Câmara em 29 de abril.