Mais uma vez

Justiça afasta Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF

Essa é a segunda vez que o baiano de Vitória da Conquista é afastado do cargo

Foto: Lucas Figueiredo/CBF
Foto: Lucas Figueiredo/CBF

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) afastou Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF nesta quinta-feira (15). O magistrado convocou interinamente Fernando Sarney, um dos vice-presidentes da entidade, e determinou que ele convoque novas eleições “o mais rápido possível”. As informações são do ge.

A decisão chega após uma polêmica envolvendo uma assinatura suspeita do ex-presidente da entidade, Coronel Nunes, em um documento que solucionou dúvidas sobre a eleição de Ednaldo Rodrigues na entidade. Além disso, o TJ-RJ também justifica “incapacidade mental” por parte do gestor.

“DECLARO NULO O ACORDO FIRMADO ENTRE AS PARTES, HOMOLOGADO OUTRORA PELA CORTE SUPERIOR, em razão da incapacidade mental e de possível falsificação da assinatura de um dos signatários, ANTÔNIO CARLOS NUNES DE LIMA, conhecido por CORONEL NUNES”, escreveu o magistrado.

Na última semana, dois pedidos foram feitos ao Supremo Tribunal Federal (STF) para a saída de Ednaldo do cargo. A deputada Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) e Fernando Sarney argumentaram que a assinatura do Coronel Nunes era falsificada. Há ainda um laudo pericial que indica que a assinatura não é verdadeira.

O desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, que determinou o afastamento, convocou o Coronel Nunes para prestar depoimento, mas o advogado do ex-presidente da CBF afirmou que ele não compareceria por razões de saúde. O desembargador, então, cancelou a audiência e afastou o Rodrigues.

Essa é a segunda vez que Ednaldo Rodrigues é afastado do cargo, sendo que a primeira vez ocorreu em dezembro de 2023. Na ocasião, contudo, o dirigente voltou ao comando da entidade um mês depois.

A assinatura

A polêmica com a falsa assinatura está relacionada a um documento de janeiro de 2025, que dava legitimidade ao mandato de Ednaldo Rodrigues à frente da CBF. Dessa forma, ele poderia encerrar as brigas judiciais que possuía e, assim, ficar no comando da Confederação.

O ex-presidente da confederação, Rogério Caboclo, além dos vices Antônio Carlos Nunes (Coronel Nunes), Fernando Sarney, Gustavo Feijó e Castellar Guimarães Neto teriam assinado o documento.

O documento concordava “encerrar todos os litígios existentes” entre os signatários e comprometia “prevenir litígios futuros que digam respeito à legalidade” das Assembleias de 7 e 23 de março de 2022, que elegeram Ednaldo, “desistindo de todas as medidas judiciais e renunciando a quaisquer outros direitos ou pretensões que signifique ou possam significar um questionamento à legalidade das referidas Assembleias”.

Pouco mais de três meses depois, no entanto, um laudo indicou que a assinatura do Coronel Nunes eram questionáveis.

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