

"Isso sugere uma inconsistência de informações que está sendo apurada. Para isso, nós estamos oportunizando ao aluno um prazo de dez dias para que ele apresente a sua justificativa. Sendo constatada uma fraude, as providências cabíveis vão ser tomadas. A intenção é criminalizar a instituição ou a pessoa física que deu vazão a essa fraude", diz o diretor-geral do DFTrans, Léo Cruz.
Os casos foram encontrados depois que o DFTrans pareou a lista de beneficiários do Passe Livre com os cadastros de alunos da própria UnB. O órgão, responsável por gerenciar os sistemas de ônibus e BRT, pretende fazer a mesma conferências com as 1.466 instituições de ensino – escolas e universidades – do DF.
Os casos são investigados pela Polícia Civil e, por isso, o DFTrans não pode informar quantas suspeitas de fraude foram identificadas desde o início do recadastramento, em maio.
Entre as apurações, está o caso de um estudante que faz ensino à distância, mas entregou declaração dizendo que precisava dos passes porque frequentava o ensino regular. Neste cadastro, segundo o DFTrans, foi a faculdade quem deu a informação errada, e não o aluno.
Se o governo confirmar a existência da fraude, a intenção é pedir o ressarcimento de todas as passagens que foram usadas indevidamente no período. A depender do caso, esse processo pode ser direcionado ao estudante ou à instituição de ensino.
Justificativa
O GDF informou que os nomes dos 1.236 estudantes com cadastro "inconsistente" serão divulgados no site do DFTrans e no portal do Passe Livre. Além disso, eles serão acionados por email e por telefone, de acordo com os dados informados no cadastro.
Para que o benefício não seja suspenso, o estudante que estiver na lista precisará acessar o site e preencher um formulário com nome completo, CPF, data de nascimento, nome da mãe e a justificativa.
Quem não tem acesso à internet pode procurar os postos da autarquia na Galeria dos Estados ou nas unidades do Na Hora em Taguatinga, no Gama ou em Ceilândia.
Reprodução: G1


