O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou a transferência do policial federal baiano Wladimir Matos Soares para uma ala exclusiva para ex-policiais. A medida acontece após o agente comentar que conhecia a rotina do Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, onde estava custodiado desde que foi preso em novembro de 2024.
O comentário foi interpretado como uma intenção de fuga pela diretoria do Núcleo de Custódia da PM. Ao ministro Alexandre de Moraes, a diretoria do núcleo manifestou “preocupação com relação ao risco de fuga do custodiado, diante das peculiaridades daquela unidade prisional e do perfil do interessado”.
Diante do contexto apresentado, Alexandre de Moraes determinou a transferência de Wladimir Matos Soares para a ala B do Bloco 5 do Centro de Internamento e Reeducação, na Papuda, em Brasília. O local é um espaço destinado a ex-policiais. A separação foi proposta pelo Juízo da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal a fim de manter a separação do agente da Polícia Federal do restante da população carcerária.
Acusações
Wladimir Soares foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e se tornou réu no STF pelos supostos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
Dentre os crimes pelos quais responde, está o de integrar o núcleo que teria planejado a morte do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes.
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