Durante a sessão ordinária ocorrida nesta segunda-feira (26), a vereadora Marcelle Moraes (União Brasil) fez um desabafo sobre a invasão ocorrida no Centro de Cultura da Câmara Municipal, no último dia 22, onde servidores e parlamentares foram agredidos por sindicalistas.
No relato, Marcelle declarou que, desde então, está amedrontada após ver tudo o que aconteceu, em situação similar ao 8 de janeiro de 2023, onde manifestantes destruíram a Praça dos Três Poderes, em Brasília. Assessores da edil foram atacados enquanto ela teve que se trancar no banheiro com outros funcionários, temendo um atentado.
“Eu não sabia o que fazer, nunca senti tanto medo na minha vida quanto nesse dia. Meu medo era acontecer algo com minha vida e não ter quem criar minha filha, de apenas 1 ano de idade. Houve servidoras que fecharam as portas com geladeiras, com medo de serem mortas, porque existiam aqui homens [os invasores] armados, com spray de pimenta”, se pronunciou.
A vereadora aproveitou para agradecer e parabenizar a ação da Polícia Militar que impediu algo pior acontecer, além das medidas tomadas pelo presidente da Casa, Carlos Muniz (PSDB), que rapidamente pôs um plano de emergência em prática. Também se solidarizou com os colegas Maurício Trindade, que foi agredido pelo grupo criminoso, e Sidninho, que teve a mão mordida ferozmente por um dos invasores.
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Ainda no discurso, Marcelle Moraes expôs uma suposta articulação vinda de alguns parlamentares, que atuaram em prol do ataque na Câmara, incentivando e orientando por mensagens. Um deles, inclusive, não quis colaborar com os membros da Casa, alegando estar doente, mas foi o primeiro a defender os integrantes presos e dar entrevista minimizando a preocupante situação.
“Feriram a nossa democracia e quiseram cercear o nosso direito de ser vereador. Hoje vim com segurança porque tive medo pela minha vida, e eu não sei o que pode acontecer, já que soube que havia vereadores aqui dentro mandando mensagens dizendo ‘pode invadir’, depredar a casa do povo”, disse Marcelle.
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