Assembleia

Professores encerram greve em Salvador após 74 dias de paralisação

A decisão foi aprovada durante assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (18) na capital baiana, no Ginásio de Esportes dos Bancários

Professores da rede municipal de ensino de Salvador em assembleia. Foto: Divulgação/APLB-Sindicato
Professores da rede municipal de ensino de Salvador em assembleia. Foto: Divulgação/APLB-Sindicato

Após 74 dias em greve, os professores da rede municipal de ensino de Salvador decidiram encerrar a paralisação das atividades. O sindicato da categoria aprovou a decisão pelo encerramento durante assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (18) na capital baiana, no Ginásio de Esportes dos Bancários.

“A greve histórica que iniciou em 6 de maio completou 74 dias de muita luta e resistência. Mas a luta não terminou. A direção da APLB segue em defesa da categoria. Estaremos cumprindo uma agenda de mobilização. A assembleia em peso manifestou apoio ao coordenador-geral Rui Oliveira, devido às sanções previstas pela Justiça”, diz um trecho do comunicado divulgado pela APLB-Sindicato, que representa a categoria dos docentes.

Após a assembleia, a diretoria da APLB se dirigiu à Prefeitura de Salvador para apresentação da decisão aprovada pelos professores.

Dentre as reivindicações dos professores, estavam a reformulação do plano de carreira e o cumprimento do piso salarial nacional do magistério.

Multa a Rui Oliveira

A multa mencionada pelo sindicato foi imposta pela Justiça em função do descumprimento de decisões judiciais. Ademais, Rui Oliveira, coordenador-geral da APLB-Sindicato, estaria devendo cerca de R$ 1,8 milhão em multas.

Dessa forma, a Justiça entendeu que o comando do movimento grevista não cumpriu as ordens de suspensão da greve durante o período de 74 dias.

Nesta quinta-feira (17), em nova decisão, o juiz Francisco de Oliveira Bispo, da Seção Cível de Direito Público do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), reconheceu que todas as medidas coercitivas anteriores foram ineficazes para pôr fim ao movimento.

Nesse sentido, o magistrado afirmou que a greve causou prejuízos diretos às famílias mais vulneráveis que dependem das escolas e creches municipais para garantia da alimentação e acolhimento às crianças.

O juiz ressaltou ainda que a liderança de Rui Oliveira não apenas se manteve ativa, mas teria incitado a continuidade da paralisação.