Veja o resumo da noticia
- O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, classificou o tarifaço imposto pelos EUA ao Brasil como unilateral e prejudicial.
- Jerônimo anunciou encontros com a Fieb e representantes do governo federal para avaliar os impactos e articular respostas à tarifa.
- Decreto assinado por Trump impõe taxa de 50% a produtos brasileiros a partir de 6 de agosto.
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), criticou a tarifa de 50% imposta pelo governo dos Estados Unidos a produtos brasileiros. Em publicação nas redes sociais na noite de quarta-feira (30), o petista classificou a medida como unilateral e prejudicial a investimentos e à relação entre os dois países.
Jerônimo ainda atribuiu a decisão a pressões de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e afirmou que ela é alimentada por “narrativas falsas da extrema direita brasileira”. Ainda assim, defendeu a continuidade do diálogo diplomático.
“As exceções à tarifa mostram que ainda há espaço para o diálogo e o presidente Lula tem reafirmado essa disposição. Mas a soberania do Brasil não se negocia. Na Bahia, seguimos ao lado do governo federal, em diálogo com os setores produtivos”, escreveu o governador no X (antigo Twitter).
Reuniões com empresários
Jerônimo também anunciou encontros com entidades empresariais para discutir os impactos da medida e buscar alternativas que garantam a proteção de empresas e trabalhadores dos setores afetados.
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Na segunda-feira (4), ele se reunirá com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), com quem já formou um grupo de trabalho. Na terça (5) e na quarta (6), terá compromissos em Brasília com o Consórcio Nordeste e representantes do governo federal.
Trump confirma tarifaço
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na quarta (30) um decreto que eleva para 50% a tarifa sobre produtos brasileiros. A medida exclui itens como suco de laranja, aeronaves civis, petróleo, veículos e peças, fertilizantes e produtos energéticos.
Segundo a Casa Branca, a decisão entra em vigor em 6 de agosto e responde a ações do governo brasileiro que representariam uma “ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA”.
