A ministra da Cultura, Margareth Menezes, marcou presença em Salvador nesta sexta-feira (8), onde concretizou o lançamento do Programa Cultura Conectada. A iniciativa visa promover inclusão digital em comunidades historicamente excluídas do acesso à tecnologia.
A parceria inclui o Eixo Programático Afro-Digital: Conectando Quilombos e Terreiros – do Ministério da Cultura (MinC) e uma aliança entre o Programa Computadores para Inclusão, do Ministério das Comunicações (MCom), com a Fundação Cultural Palmares (FCP).
Em conversa com a imprensa, Margareth Menezes destacou a importância da ação. “É um programa importante, porque queremos que todos tenham acesso à conectividade e a cultura está dentro do ambiente digital. Fiquei muito feliz com essa parceria, através da Fundação Palmares, com o querido João Jorge. Tem o apoio do Governo do Estado e o Ministério das Comunicações. É uma junção de forças para fazer com que todos tenham acesso dentro do ambiente digital a se potencializar, se fortalecer na cultura”, afirmou a ministra.
Margareth também falou sobre o impacto do Programa Cultura Conectada. “O impacto principal é o da inclusão, porque a gente entende que nas comunidades quilombolas, nas comunidades que mais precisam, ter acesso a essas ferramentas significa emancipação de oportunidades, geração de emprego e renda, e capacitação também, dessas novas gerações principalmente”, frisou.
Formação digital
Durante o evento, Margareth e o ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, assinaram um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) que irá viabilizar a entrega de computadores recondicionados, possibilitar o mapeamento do acesso à internet de territórios periféricos, quilombolas e tradicionais e ofertar formação digital.
Além do eixo Afro-Digital, o ACT contempla a construção do segundo eixo Programático: Soberania Digital – Cultura Viva em Rede, voltado à inclusão digital dos Pontos de Cultura em todo o país.
Trata-se da retomada e atualização estratégica da ação Cultura Digital no âmbito da Política Nacional de Cultura Viva (PNCV), articulando tecnologias livres, produção colaborativa, soberania tecnológica e redes comunitárias.
Inspirado nas diretrizes que marcaram o desenvolvimento da Cultura Digital entre 2004 e 2016 — período em que o Brasil foi referência mundial por integrar cultura, comunicação e cidadania — o programa reafirma que o direito à cultura envolve também o direito à comunicação, ao uso autônomo das tecnologias e à circulação de saberes nos territórios físicos e digitais.